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10 DE JUNHO DE 2022

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba


Apontada por historiadores como a primeira rua aberta no município, ainda em 1767, pelo movimento dos bandeirantes, a Moraes Barros traçou o crescimento da cidade



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Arquivo Histórico da Câmara (1 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Rua Moraes Barros na época do "Picadão"

Rua Moraes Barros na época do "Picadão"
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (2 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (3 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Primórdios do Cemitério da Saudade

Primórdios do Cemitério da Saudade
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (4 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (5 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (6 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Calçamento antigo

Calçamento antigo
Foto: Arquivo Histórico da Câmara (7 de 7) Salvar imagem em alta resolução

Mapa de Piracicaba de 1823

Mapa de Piracicaba de 1823
Foto: Arquivo Histórico da Câmara Salvar imagem em alta resolução

Rua Moraes Barros abriu caminho para o desenvolvimento de Piracicaba



O surgimento das nações e das cidades se deu a partir de trilhas, caminhos, rios e mares. Nesta perspectiva, a rua Moraes Barros, uma das principais vias de Piracicaba se reveste de significância nos relatos históricos, a exemplo de Leandro Guerrini, em livros que citam como exemplo a estrada do Picadão, ainda no ano de 1767, pelo movimento bandeirante, para depois ganhar o nome de rua Direita, da Constituição e, se tornar esta via pública que conhecemos hoje. 

A Série Achados do Arquivo, desta sexta-feira (10) traz aspectos históricos da rua Moraes Barros, que literalmente nasce nas margens do rio Piracicaba e termina no Cemitério da Saudade, no bairro Alto. Os textos também recuperam uma proposta do ex-vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes, na indicação que fez ao Executivo, na época do ex-prefeito e atual vice-prefeito Gabriel Ferrato (PSB), onde as placas de logradouros públicos conteriam, além do nome, CEP e bairro, uma frase com informações de sua denominação, como forma de preservar a memória da cidade e valorizar a cultura popular. 

Documentos em posse e sob a guarda da Câmara, que podem ser conferidos, a exemplo do anexo abaixo, com a devida transcrição, demonstram a relevância da rua Moraes Barros no processo histórico de Piracicaba. Em 6 de abril de 1903, pela resolução 43, os vereadores da época aprovaram a denominação da rua Direita, que passou a se chamar rua Moraes Barros, em documento assinado por: Dr. João Batista da Silveira Mello, Manoel Ferraz de Camargo, José Gabriel Bueno de Mattos, Antonio Pinto Coelho e Aquilino José Pacheco. 

Relatos históricos também demonstram que em 13 de abril de 1849, por deliberação da Câmara Municipal, a rua do Bairro Alto, (Moraes Barros), foi reparada: “desde a esquina da Casa de António José Correia, seguindo pela rua abaixo até a boca da ponte do Itapeva e coberta de pedregulho, daquele mesmo que tem ali perto”. As ruas da vila começavam a ter passeios e sarjetas, de pedra, segundo as informações. O pedregulho, como se vê, também começou a ser usado, cobrindo a parte carroçável. Esse pedregulho era retirado do “Pátio da forca”, isto é, da travessa que hoje liga as ruas Moraes Barros e XV de Novembro, acima do Itapeva (Avenida Armando Salles de Oliveira).

MATADOURO -  a referência sobre a rua Moraes Barros também é citada na construção do primeiro matadouro, em 1861, onde a Comissão de Obras Públicas foi favorável à nova escolha do terreno para a edificação do rancho do novo matadouro, preferindo, pela abundância de água, maior largueza para se tratar com o gado, mais arejado, o local denominado “Pedreira”.

Ao que tudo indica, tratava-se do início da rua do Rosário, onde o matadouro municipal esteve até meados de 1911. Por esta e outras atas dos trabalhos da Câmara, compreende-se que o centro da cidade, por volta de 1861 abrangia as seguintes ruas, acompanhando o rio: da Bica, (Rosário); Pau Queimado, (Alferes José Caetano); Santo Antônio, Comércio, (Governador Pedro de Toledo); e Glória, (Benjamim Constant) e travessas: das Flores, (13 de Maio), Pescadores, (Prudente de Morais), São José, Direita, (Morais Barros), e Quitanda, (XV de Novembro). As outras ruas ou quarteirões eram designadas pelos “figurões” que nelas residiam.

Os registram também mostram que em 11 de março de 1900, a Companhia União Sorocabana e Ituana começaram a fornecer um trem especial à Câmara Municipal, para conduzir pedregulho, destinado às ruas da cidade, que se achavam num verdadeiro lamaçal, devido aos serviços de esgoto e às constantes chuvas.

Ainda em 1816, Piracicaba possuía cinco ruas e outras travessas. A principal era a estrada que, vinda de Itu, seguia para um sertão desconhecido. A estrada de Itu serviria para delinear a rua Moraes Barros, a qual foi chamada de Picadão do Mato Grosso, Caminho de Itu, Rua do Porto, Rua Direita e o nome atual. 

ACHADOS DO ARQUIVO - a série "Achados do Arquivo" se pauta na publicação de parte do acervo do Setor de Gestão de Documentação e Arquivo, ligados ao Departamento Administrativo, criada pelo setor de Documentação, em parceria com o Departamento de Comunicação Social, com publicações no site da Câmara, às sextas-feiras, como forma de tornar acessível ao público as informações do acervo da Casa de Leis.

Leia mais:

Placas de rua poderão trazer inscrição histórica

 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583




Achados do Arquivo Documentação

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