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15 DE DEZEMBRO DE 2023

Orador critica projeto que visa aumentar taxa de ocupação do centro


Rui Cassavia Filho, em discurso na tribuna popular desta quinta (14), criticou projeto de lei complementar que traz incentivo para habitação de interesse social no centro



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Rui Cassavia Filho, em discurso na tribuna popular, criticou o projeto de lei complementar 16/2023, do Executivo, que busca aumentar a taxa de ocupação na região central da cidade






O orador Rui Cassavia Filho, em discurso na tribuna popular da 73ª Reunião Ordinária, realizada na noite desta quinta-feira (14), criticou o projeto de lei complementar 16/2023, de autoria do Executivo, que prevê a concessão de incentivos fiscais e urbanísticos com vistas a aumentar a taxa de ocupação e adensamento populacional do centro da cidade. 

Ele relativizou a proposta de fomentar a Habitação de Interesse Social (HIS) 1 e 2 na região central, que compreende famílias com renda na faixa de de 0 a 7 salários mínimos, uma das diretrizes trazidas pelo projeto sob o pretexto de melhor aproveitar a infraestrutura urbana já existente, pois considera que a região é desabastecida de serviços educacionais e culturais:

Talvez seja importante mudarmos o conceito de cidade. A cidade agora é uma cidade inteligente, sustentável, uma cidade que tem que ser criativa. Os empregos que virão à frente não serão os mesmos que são de hoje., serão outros. Eu preciso de conhecimento porque a Inteligência Artificial e a tecnologia exigirão que os empregados tenham capacidade de trabalhar. Não basta só mão-de-obra para movimentar, tem que ter inteligência, é preciso conhecimento, e se você precisa de conhecimento você precisa ter escolas, de atividades que deem essas condições. Precisa de desenvolvimento cultural e educacional. Você precisaria trazer aqui para o centro escolas, a indústria verde, que é turismo, serviços que qualificam, e não aqueles que exigem apenas a mão-de-obra de uma instalação industrial, por exemplo", falou Cassavia Filho.

Outro ponto por ele aventado é que um maior adensamento do centro resulte em pioras nas condições de tráfego e mobilidade e, também, diminuam a permeabilidade do solo.

"Entendo que a forma que está sendo proposta é um caminho inverso. O caminho que está sendo proposto, de adensamento, onde você não terá condições de trafegar no centro da cidade. Você tem ruas de 7, 9 metros de largura, estacionamento dos dois lados. Como você terá mobilidade urbana nisso?. Não existirá mobilidade urbana nem de carro, nem a pé, nem de bicicleta", ponderou o orador.

Ele acrescentou: "acho que seria interessante pensar que a forma de ocupação do centro da cidade não fosse da maneira proposta, porque a maneira proposta é o inverso caminho em que o mundo está andando. O mundo está andado para resolver as questões climáticas e nós estamos aglomerando para poluir mais ainda, para impermeabilizar mais o solo, para que quando chova, alague. É essa proposta que está sendo feita. Os senhores deveriam ter em mente essas consequências que podem vir para o futuro". 

O discurso de Rui Cassavia Filho pode ser revisto, na íntegra, no vídeo que acompanha este texto.  



Texto:  Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212


Tribuna Popular

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