O vereador Gustavo Pompeo (Avante) percorreu quatro postos da Guarda Civil Municipal para verificar como estão os aspectos de segurança para os agentes que atuam nesses locais. As visitas aconteceram na tarde desta quarta-feira (26) em pontos estratégicos da cidade, motivadas por reclamações de pessoas que afirmam se sentir inseguras. O principal motivo para as visitas, no entanto, foi a constatação de "falta de segurança para o agente que desenvolve seu trabalho nesses postos de atendimento", segundo o vereador.

No Terminal Rodoviário de Piracicaba, Gustavo Pompeo conversou com comerciantes e com a equipe de apoio do local, que relataram não haver segurança durante o dia. "Ficamos muito suscetíveis a ocorrências de furto, roubo e depredação do patrimônio e expostos a diversas situações vexatórias", comentou um dos comerciantes.

As agentes de apoio do terminal relataram que, por falta de policiamento constante no local, "acontecem muitas agressões, tentativas de assalto e até assédio". Nessas ocorrências, informaram, a GCM é acionada, "mas por diversas vezes a situação já se amenizou até a viatura se fazer presente". Na opinião das agentes de apoio, tais ações seriam inibidas se houvesse um guarda na base que fica instalada dentro do terminal, já que há dias em que o policiamento chega a ser acionado "de 5 a 10 vezes" pelo telefone 153.

Em conversa com os taxistas que ficam alocados na parte externa do terminal, Gustavo Pompeo disse perceber "com mais clareza como faz falta o policiamento no local". "O relato desses profissionais é de que ocorrem muita violência, tráfico de drogas e inúmeras brigas durante o período diurno, quando não existe um plantão da GCM no terminal", comentou o vereador.

OUTROS LUGARES - Na visita ao Terminal da Vila Sônia, Gustavo Pompeo constatou riscos para a segurança dos guardas, já que o posto fica fora das dependências do terminal e conta com apenas um funcionário. "Isso dificulta imensamente a operacionalização do serviço do agente, reduzindo a segurança da população que utiliza os serviços de transporte urbano no local", atestou.

As dificuldades encontradas na UPA (unidade de pronto-atendimento) da Vila Cristina são semelhantes. Na avaliação do vereador, "o guarda fica muito dentro da unidade de saúde, não tendo uma boa visibilidade de quem está entrando e saindo do prédio". Alguns guardas auxiliam na entrada, na tentativa de evitar maiores problemas na espera do atendimento dos pacientes, "mas não conseguem trazer uma segurança efetiva à população e aos funcionários por conta do baixo efetivo no local".

Já no Centro de Controle de Zoonoses, no Jupiá, o plantão do agente da GCM ocorre apenas no período noturno. Gustavo Pompeo foi recebido pelo coordenador Matheus Ferreira dos Santos, que lhe mostrou as instalações da guarita. "Além das dificuldades que o guarda encontra de segurança, os agentes ficaram por anos sem rádio-comunicador, deixando-os muito desprovidos de apoio em caso de ocorrências", comentou o vereador.

"A segurança do guarda, que oferece seus serviços em prol da população, me preocupa muito. Pretendo entrar em contato com o comandante, Sydney Miguel da Silva Nunes, para demonstrar toda essa falta de segurança e buscar, em conjunto, uma solução", afirmou Gustavo Pompeo.