Vereadora aborda fraude no INSS, uso de aeronave e visitas a espaços públicos

Durante a 53ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta quinta-feira (25), a vereadora Rai de Almeida (PT) utilizou a tribuna do plenário para se manifestar sobre temas de repercussão nacional e também questões locais envolvendo educação, saúde e licitações municipais.

A parlamentar iniciou sua fala comentando a polêmica em torno do fretamento de aeronave durante a campanha eleitoral. Segundo ela, o serviço contratado pela deputada Gleisi Hoffmann e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin foi devidamente pago como fretamento e as contas foram prestadas à Justiça Eleitoral. Rai comparou a situação ao uso de táxi, em que não se questiona a propriedade do veículo. 

Na sequência, abordou o caso de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), destacando que os esquemas começaram entre 2019 e 2022, período em que o país era governado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a vereadora, a irregularidade foi descoberta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os valores desviados foram devolvidos aos aposentados prejudicados.

Rai mencionou ainda que duas pessoas estão presas por envolvimento no caso: Rubens Oliveira Costa, acusado de mentir em depoimento à CPMI, e seu sócio Antônio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. De acordo com a parlamentar, ambos tinham vínculos com o governo Bolsonaro.

Visitas - No campo local, a vereadora relatou visitas realizadas no mesmo dia a uma escola no bairro Santana e ao posto de saúde do Piracicamirim. Na unidade escolar, apontou condições precárias enfrentadas por alunos e professores, situação agravada, segundo ela, pelo cancelamento de uma licitação por parte do Executivo. Já no posto de saúde, destacou dificuldades também encontradas pela população no atendimento.

Rai relembrou a audiência pública promovida recentemente sobre um edital de pregão. Ela avaliou que a reunião foi importante, mas reforçou que há necessidade de encaminhamentos práticos. A vereadora criticou divergências entre o que teria sido apresentado pela secretária responsável e o conteúdo efetivo do edital, defendendo modificações no processo licitatório para que não siga em sua forma atual.