
22 DE SETEMBRO DE 2021
"Se houvesse realmente uma força-tarefa do poder público não teria queimado tudo", afirma Wagnão
Ação mobilizou moradores, empresa e proprietários de áreas no local, declarou vereador
O vereador Wagner Alexandre de Oliveira, o Wagnão (Cidadania), questiona a versão divulgada pela Prefeitura de Piracicaba, de que houve uma força-tarefa para conter incêndio no bairro Monte Branco. Esta semana, o Centro de Comunicação Social do Executivo divulgou uma notícia sobre o assunto, que ganhou repercussão na imprensa local. “Se houvesse realmente uma força-tarefa do poder público não teria queimado tudo”, afirmou.
Ele declarou estar indignado com a reportagem intitulada “Após seis dias, força-tarefa extingue incêndio que atingiu 200 alqueires no Monte Branco”. No texto, a Prefeitura de Piracicaba afirma que uma força-tarefa formada por 30 pessoas, juntamente com membros da sociedade civil, deu fim ao incêndio que atingiu uma área de matas e pastagens da Serra do Monte Branco.
De acordo com o vereador, o incêndio que atingiu mais de 200 alqueires do Monte Branco foi controlado por moradores e proprietários de áreas no local. “Eles ficaram dia e noite tentando conter o fogo, estive lá diariamente e não aparecia ninguém”, disse.
Wagnão informou que o incêndio teve início na última quinta-feira (16) e o helicóptero Águia, da Polícia Militar, só agiu no sábado e na terça-feira. “Eu acompanhei todos os dias do incêndio, a força-tarefa que teve foi a do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Raízen e dos moradores que usaram os próprios caminhões e tratores”, relatou.
Para o vereador, se houvesse uma força-tarefa por parte da prefeitura, o Exército deveria ter sido acionado para controlar o fogo rapidamente, a exemplo do que ocorreu na cidade de São Pedro. “Eu não estou de acordo com essa matéria porque quando começou o incêndio houve clamores nas redes sociais para que a prefeitura ajudasse, as autoridades ajudassem, ficou queimando na quinta e na sexta, só no sábado o Águia foi”, afirmou.
ESTRADAS PARTICULARES - Wagnão informou que uma estrada particular impediu que o fogo se alastrasse e atingisse a Estação Ecológica de Ibicatu, área de Mata Atlântica que possui importante população de jequitibá-rosa.
O vereador questionou o motivo de as estradas pequenas não serem mantidas e conservadas pela Sema (Secretária Municipal de Agricultura e Abastecimento), já que as vias são utilizadas para escoar e transportar a produção dos agricultores do local, que também “pagam impostos”.
“A serra tem que ter algum acesso, uma vez que já existem as estradas, tem que ter a conservação para que em uma eventualidade dessa saí, tenha um aceso mais rápido”, disse Wagnão.