22 de julho de 2025
Vereador cobra a reposição do efetivo da Guarda Civil Metropolitana
André Bandeira (PSDB) protocolou requerimento em que solicita informações sobre o preenchimento dos 272 cargos vagos dentro da corporação
O vereador André Bandeira (PSDB) solicita, por meio de requerimento protocolado nesta semana, que a Prefeitura apresente informações sobre a situação do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O parlamentar pede esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo adotadas para recompor os 272 cargos atualmente vagos, além de informações sobre eventual previsão de concurso público, cronograma e motivos para a ausência de providências, mesmo após a contratação de estudo técnico para essa finalidade.
Para o vereador, a situação chegou ao limite. “A Prefeitura já gastou dinheiro público para preparar o caminho de novos concursos e, mesmo assim, não fez nada. Enquanto isso, a cidade está exposta e os agentes sobrecarregados. É preciso agir, e agir rápido. Não há mais espaço para inércia: ou o Executivo apresenta soluções imediatas ou a segurança da população continuará comprometida”, argumenta o parlamentar.
Bandeira requer dados sobre os impactos do déficit de agentes em setores estratégicos, como rondas ostensivas, ROMU, patrulhamento escolar, pelotão rural e postos fixos. O vereador questiona ainda se há intenção de revisar o Estatuto da GCM e encaminhar projeto de atualização à Câmara Municipal, adequando a legislação às demandas atuais da corporação.
Outro ponto abordado é a quantidade de agentes cedidos a outros órgãos, os critérios para essas cessões e a situação dos servidores afastados ou readaptados. O parlamentar solicita que o Executivo apresente um plano para suprir as ausências e garantir o funcionamento operacional da corporação, assegurando que a população não seja prejudicada.
PANORAMA - Dados oficiais divulgados neste ano revelam que a corporação possui apenas 338 agentes fardados em atividade, quando o efetivo autorizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado é de 610 cargos. Ou seja, são 272 postos vagos — um déficit de 44%.
Do total em atividade, o número de guardas efetivamente em patrulhamento é ainda mais preocupante: somente 78 agentes durante o dia e 40 à noite. Parte do quadro encontra-se afastada por questões médicas, licenças ou readaptação, e outros foram cedidos a diferentes órgãos, inclusive delegacias e à própria Câmara Municipal. Isso compromete diretamente as rondas preventivas, a ROMU, o patrulhamento escolar, o pelotão rural e os postos fixos — deixando bairros e áreas sensíveis sem cobertura adequada.
“Piracicaba precisa de uma decisão imediata. Não podemos continuar com quase metade da GCM inativa enquanto vidas e patrimônios estão em risco. A Prefeitura deve assumir sua responsabilidade e recompor o efetivo sem mais demora”, concluiu André Bandeira.
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