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21 DE JANEIRO DE 2021

Rede tem urgência por mais funcionários, dizem diretoras a vereador


Em reunião com Cássio Fala Pira, educadoras apontam necessidade de aumento no número de auxiliares para supervisionar crianças em escolas municipais.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 (1 de 10) Salvar imagem em alta resolução

Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara

Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara
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Cristiane durante a reunião, nesta quinta-feira

Cristiane durante a reunião, nesta quinta-feira
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Aline durante a reunião, nesta quinta-feira

Aline durante a reunião, nesta quinta-feira
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Karla durante a reunião, nesta quinta-feira

Karla durante a reunião, nesta quinta-feira
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Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara

Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara
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Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira

Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira
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Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira

Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira
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Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira

Cássio Fala Pira durante a reunião, nesta quinta-feira
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Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara

Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara
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Janine durante a reunião, nesta quinta-feira

Janine durante a reunião, nesta quinta-feira
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Reunião ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Câmara



Educadoras apontaram a necessidade de aumento no número de auxiliares para supervisionar crianças matriculadas em escolas municipais, durante conversa com o vereador Cássio Luiz Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL), na tarde desta quinta-feira (21). A preocupação com a volta presencial das aulas em meio ao pico de casos de Covid-19 em Piracicaba foi outro assunto tratado na reunião, realizada na Câmara.

Diretoras, respectivamente, das escolas municipais "Larissa Rossetti Travaglini", no Castelinho, e "Maria Canale Angelelli", no IAA, Aline Santiago e Janine Athanasio dizem que geram dúvidas entre os profissionais os critérios usados pela Secretaria Municipal de Educação para definir os chamados "módulos" —método que leva em conta a quantidade de professores e alunos de uma unidade para, então, determinar o pessoal de apoio que trabalhará nela.

O cálculo tem reduzido a um patamar inferior ao ideal o número de servidores responsáveis por ajudar os professores no cuidado com as crianças da educação infantil. As diretoras pedem à gestão Luciano Almeida (DEM) que sejam convocados mais profissionais que passaram em concursos realizados pelo governo Barjas Negri (PSDB) e ainda vigentes. Elas apontam a importância de contar, no dia a dia das escolas municipais, com auxiliares de ação educacional e escriturários, além de estagiários.

"Material humano é nossa principal necessidade. Queremos saber como são definidos os módulos e por que foi 'enxugado' o número de funcionários", colocou Aline. Janine citou os exemplos de duas turmas na "Maria Canale Angelelli" —de jardim 2, com 25 crianças, e de maternal 1, com 15— em que a professora é responsável por cuidar de toda a classe sozinha. "Não tem auxiliar de apoio. Precisa ter investimento em recursos humanos nas escolas", cobrou.

Professora na "Larissa Rossetti Travaglini", Cristiane Bertolini observou que o número insuficiente de funcionários, somado à mudança na carga horária dos docentes, provocou a abertura de "janelas" em três "momentos cruciais", segundo ela: na entrada e na saída dos alunos e na "hora do sono" deles, quando a escola fica, então, com somente uma pessoa para tomar conta de todas as crianças da unidade.

"Os horários dos professores têm que ser bem estudados para que não haja janelas ociosas", salientou Cristiane. A improvisação de profissionais para supervisionar as crianças nesses "momentos críticos", completou Janine, "está sempre colocando alguém em risco". Por isso, acrescentou a diretora, "repensar a quantidade de auxiliares e estagiários é a maior prioridade", já que "a defasagem ocorre em todas as escolas da rede".

O anúncio do governo Luciano Almeida da volta às aulas na rede municipal de ensino no próximo dia 8 também gera preocupação nas educadoras, apesar de a maioria das famílias consultadas pelas duas diretoras que participaram da reunião na Câmara ser a favor do retorno e ambas apontarem os prejuízos acumulados na formação das crianças desde a paralisação das atividades presenciais pela pandemia da Covid-19.

"Faz dez meses que estamos sem crianças nas escolas. Isso não é humano, não é educação infantil", comentou Janine, que —junto com Aline, Cristiane e Karla Pinheiro França, professora na "Maria Canale Angelelli"— levantou questões sobre os protocolos que serão adotados nas escolas municipais, desde o rodízio para a presença dos alunos até a dificuldade de fazê-los manter o distanciamento social.

Cássio Fala Pira afirmou ser contrário à volta as aulas em 8 de fevereiro. Para ele, o município deveria adiar o retorno, pelo menos até regredir o número de casos de Covid-19 em Piracicaba. "Por que não pode esperar até março? Temos que pensar num todo", declarou, ao dizer que trará à Câmara o secretário municipal de Educação, João Marcos Thomaziello, para que as educadoras compartilhem as principais prioridades da categoria.

O vereador contou que, em encontro recente com João Marcos, conversou "bastante sobre o plano de carreira da categoria, que há anos o vem reivindicando". Ele também expressou preocupação em como atrair a atenção das crianças à aprendizagem nas escolas e defendeu o uso crescente da tecnologia em sala de aula. Cássio Fala Pira mencionou, ainda, a intenção de apresentar proposta que garanta segurança 24h a todo estabelecimento de ensino do município.

Aline disse que anteriormente havia vigias na maioria das escolas, mas que, hoje, só aquelas com recorrência de casos de vandalismo contam com proteção, no período da noite e nos fins de semana. Segundo Janine, o levantamento da quantidade de boletins de ocorrência registrados pela Defensoria Pública possibilitará "ter noção real" dos estabelecimentos mais afetados pela criminalidade.

As educadoras destacaram o papel da Câmara para a categoria obter os avanços reivindicados. "Quem acompanha a execução do Plano Municipal de Educação, aprovado em 2016, é a Secretaria Municipal de Educação, mas também o Poder Legislativo", observou Karla, citando que a proposta, com validade de dez anos, contempla plano de carreira e valorização dos professores, mas tem pontos ainda "empacados". "A abertura desse diálogo é o que nos fortalece para desenvolvermos nosso trabalho", completou Janine.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Educação Cassio Luiz

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