Oradora propõe política publica de combate à obesidade de mulheres com 40+

Políticas Públicas de combate à obesidade feminina após os 40 foi o tema abordado pela oradora Karla Christofoletti, que utilizou a tribuna popular da Câmara durante a 65ª reunião ordinária, realizada nesta segunda-feira (10). 

Karla é nutricionista, especialista em saúde da mulher, pós-graduada em metabolismo e performance humana, nutrição esportiva e clínica funcional. "O que me trouxe aqui é a ideia de um projeto inovador para a cidade. Existe, no mundo inteiro, mas no Brasil não existe, um projeto que viabiliza a saúde da mulher com 40 anos ou mais, quando o nível de obesidade começa a aumentar muito", afirmou.

Ela apresentou dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontando que, em 2030 haverá 1 bilhão de obesos e 504 milhões corresponde às mulheres. "No Brasil, serão 34% das mulheres acima 40 anos", afirmou. Segundo a oradora, entre 2021 e 2030, o SUS gastará cerca de R$ 2 bilhões em custos diretos e R$ 20 bilhões em custos indiretos com a obesidade.

A oradora citou ainda o absenteísmo, que é a ausência recorrente de um funcionário no trabalho, e aposentadorias precoces. "É a ausência da mulher no trabalho, é atestado por várias doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, câncer. Então, quando pensamos nessa questão, vemos que pagamos a conta da omissão quando poderíamos investir na prevenção", afirmou, acrescentando que, "fora do Brasil, no Reino Unido por exemplo, o custo de internação reduziu em 18% e estima-se que a cada um dólar investido em prevenção da obesidade feminina retornam 6 dólares".

A nutricionista apresentou uma proposta, um primeiro modelo de um projeto voltado à obesidade feminina após os 40 anos a ser implantado em Piracicaba. "A cidade poderá ser a pioneira no Brasil, com um projeto relacionado à obesidade e metabolismo da mulher 40+", disse, especificando as várias etapas da sua proposta, como triagem para verificar o percentual de mulheres obesas no município, capacitação multiprofissional, e a criação de um grupo educativo e ações comunitárias, entre outros.

"Quando a mulher recupera a sua saúde, recupera a família, o trabalho, a esperança. Eu vejo, na minha prática clínica, são quase 20 anos que eu sou formada, que muitas mulheres não tem noção do que está acontecendo com o seu corpo depois dos 40 anos. Há muitas quedas hormonais e a alimentação saudável pode postergar sintomas da menopausa, deixando uma mulher mais saudável", disse. 

Confira a fala completa no vídeo anexo.