07 de novembro de 2025
Orador vê falhas na aplicação de multas de trânsito por videomonitoramento
Marco Antonio Rosa Pereira, em discurso na Tribuna Popular na noite desta quinta (6), disse que fiscalização antes de 23 de outubro não contou com a devida publicidade
O orador Marco Antonio Rosa Pereira, em discurso na Tribuna Popular da 64ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta quinta-feira (6) criticou o Executivo municipal pela aplicação, de acordo com ele, de multas por videomonitoramento em desacordo com a legislação.
Segundo o orador, a aplicação de multas aplicadas por videomonitoramento antes de 23 de outubro não contou com a devida publicidade, ensejando irregularidades.
“A publicidade desse serviço foi dada a partir do dia 23 de outubro com campanha no site da Prefeitura, que ela divulgou depois no Instagram e em outros meios sociais. Antes de 23 de outubro, nesta nova modalidade de fiscalização, foram efetuadas mais de 3 mil multas ilegais nos cidadãos piracicabanos. Duas mil delas, pelo menos, no cruzamento da Avenida Água Branca com a Avenida Luciano Guidotti”, falou.
Ainda de acordo com Marco Antonio Rosa Pereira, o local não conta com sinalização adequada.
“A Prefeitura podia simplesmente cancelar essas multas, transformar essas multas em uma medida educativa e dizer, ‘olha, nós erramos em começar a fiscalização antes de dar publicidade’. Não fazendo isso, ela fere outro princípio mínimo da administração pública, que é o da legalidade. Não fazendo isso, o ato administrativo que é composto dessa multa, que essa multa é um ato administrativo, é um ato administrativo viciado, porque ele não consegue comportar os cinco requisitos mínimos do ato administrativo, competência, finalidade, forma, motivo e objeto’.
Ele ainda sugere que os valores arrecadados com multas de trânsito são inferiores aos valores empregados para a fiscalização:
“Eu não sei se o cidadão sabe, mas a Prefeitura aqui em Piracicaba arrecada R$ 30 milhões em multas por ano. Sabe quanto que ela paga para a empresa que faz esse serviço aí? R$ 43 milhões. Fala para mim se faz sentido eu pegar mais R$ 13 milhões do dinheiro público para ‘enfiar’ na empresa, se todas as multas da cidade, dão R$ 30 milhões, o que já é um absurdo, já é um roubo contra o cidadão. E aí eu pego R$ 30 milhões de multa, não fica um centavo para a cidade. Eu ainda coloco mais R$ 13 milhões do orçamento público para pagar para uma empresa fazer o serviço que eu podia contratar funcionários para fazer. E saía 20 vezes mais barato, não faz sentido”.
O discurso completo do orador pode ser acompanhado no vídeo acima.
Supervisão: Rodrigo Alves - MTB 42.583
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