Orador questiona atuação do Cismetro e impacto na saúde em Piracicaba

O tema “A terceirização na saúde de Piracicaba através do Consórcio Cismetro e a análise do impacto da qualidade do atendimento à população, a possível precarização dos serviços prestados através de terceirizados e a substituição do Estado por entes paralelos, com menor transparência, menor controle social e maior opacidade, quando o Estado se afasta da execução direta, mas não fortalece os mecanismos de controle, abre-se um vácuo onde a ineficiência e a má-fé podem se instalar”, foi abordado na Tribuna Popular na 46ª Reunião Ordinária de 2025, nesta segunda-feira (1º).

O orador Paulo Campos criticou a terceirização e, sobretudo, a precarização do serviço público, do consórcio intermunicipal Cismetro. Ele destacou que é de conhecimento de todos, até objeto de requerimentos, que a “empresa opera na cidade com muitas deficiências” e quem sofre são os servidores públicos concursados. Segundo o orador, hoje a prefeitura paga R$ 500 à Cismetro e ela repassa R$ 200 para quem presta os serviços.

Ele ainda afirmou que a empresa contrata funcionário sem vínculo formal e alguns médicos “nem inscritos estão” no Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). “Isso deve ser objeto de investigação, pois coloca em risco o cidadão que procura as UPAs e unidades de atendimento da cidade”, disse.

Paulo Campos informou que o Ministério Público também formulou uma denúncia contra a empresa e contra a Administração Municipal e frisou que a Câmara tem atribuições para criar projetos de lei que vão redundar em melhores condições de vida à população e fiscalizar atos do Poder Executivo.

“Essa empresa Cismetro não deve continuar nesse formato, pois é dinheiro público em jogo, e as pessoas hoje estão perdendo suas vidas nas UPAs, sem exames e com filas imensas”, finalizou.