
05 DE MARÇO DE 2021
Vereadora defendeu que é o momento de fazer pressão para que sejam concedidos benefícios a pequenos e médio empresários.
A vereadora Rai de Almeida (PT) fez duras críticas à atuação do Presidente da República na condução da maior crise sanitária por qual passa o País. “Ele tem desdenhado da vida”, disse, ao usar o espaço de 10 minutos destinados a oradores na 10ª reunião ordinária da Câmara, na noite desta quinta-feira (4).
“Muitos são os meios de comunicação, jornalistas e cientistas que têm dito que o presidente é um assassino porque não tomou as medidas necessárias até agora para que pudesse atenuar a crise sanitária que vivemos”, disse, ao enfatizar que é preciso cobrar benefícios para pequenos e médio empresários.
“A crise sanitária afeta a economia, a vida das pessoas, seja do ponto de vista da empregabilidade, seja da fome e da miséria. Este é o momento de fazermos pressão sobre os governos dos Estados, os prefeitos, mas também sobre o presidente, que precisa conceder benefícios ao pequeno e o médio empresário e o auxílio emergencial para quem está em situação de miséria”, disse.
Ela relatou o agravamento da crise sanitária nas últimas semanas, em que o País chega a próximo de dois mil mortos diariamente, alcançando a marca de 260 mil pessoas vitimadas pela doença desde o início da pandemia. “É uma situação muito, muito grave. Todos os cientistas, infectologistas, a ciência, aquelas pessoas que têm sensibilidade e que defendem a vida têm trazido o quadro caótico em que vivemos neste momento”, aponta.
A parlamentar destacou o início da fase vermelha, a partir deste sábado (6), em todo o Estado de São Paulo e cobrou mais agilidade na vacinação. “No Brasil, são 3,47% pessoas imunizadas”, disse, ao lembrar que 2% referem-se ao percentual de vacinas aplicadas pelo governo paulista.
“Esse percentual é ínfimo e nós precisamos cobrar do presidente, medidas que possam salvaguardar a vida do povo brasileiro”, enfatizou. “É preciso a vacinação para toda a população, só ela vai poder conter essa crise”, disse.
Rai defendeu que são necessárias “medidas drásticas”, como o lockdown. “É preciso pesar nessa possibilidade”, apontou, ao cobrar medida séria e que inclua campanha de orientação para a população sobre uso de máscaras em qualquer lugar, como supermercados e farmácias.
A preocupação da vereadora também girou em torno da ocupação 100% dos leitos no Município destinados ao SUS. “Estamos em uma situação de colapso e, infelizmente, as aulas presenciais vão se manter, inclusive as crianças de zero a três anos vão voltar às aulas a partir de 8 março (segunda-feira)”, disse, ao destacar que serão utilizadas 10 unidades na Educação Infantil.
“Oitenta por cento da população diz que quer levar seus filhos para as escolas e, se perguntarem para mim ou para qualquer um dos vereadores, também vão dizer que querem que as crianças voltem às aulas. Mas em que condições, em que grau de risco?”, questionou a parlamentar.