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07 DE JUNHO DE 2022

Monitoramento da governança na segurança hídrica é tema de palestra


Evento foi promovido de maneira on-line nesta terça-feira pela Escola do Legislativo.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Assessoria parlamentar (1 de 2) Salvar imagem em alta resolução

Evento aconteceu via plataforma Zoom e YouTube

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Foto: Assessoria parlamentar (2 de 2) Salvar imagem em alta resolução

Evento aconteceu via plataforma Zoom e YouTube

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"A importância do monitoramento da governança das águas para garantir segurança hídrica" foi tema de palestra nesta terça-feira (7). Com direito a certificado de participação, o encontro foi promovido pela Escola do Legislativo "Antônio Carlos Danelon - Totó Danelon", da Câmara, via plataforma Zoom e com transmissão simultânea pelo YouTube.

O evento propôs um debate sobre ações conjuntas para a reflexão dos fundamentos e o funcionamento das políticas nacional e estaduais de recursos hídricos. Também discutiu a verificação dos sistemas de gerenciamento e se eles de fato estão cumprindo com os seus papéis diante das suas finalidades.

A palestra foi conduzida pelo biólogo especialista em recursos hídricos Ângelo José Rodrigues Lima. Representando a diretora da Escola do Legislativo, vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade É Sua, esteve a assessora parlamentar Aline Meme Gallo, que mediou a apresentação.

Como iniciativa nacional, Ângelo destacou o Observatório das Águas Brasil, uma rede multissetorial que reúne 61 instituições do Poder Público, do setor privado e da sociedade civil e 20 pesquisadores. A organização prevê a análise e a difusão das informações práticas de governança das águas pelos atores e instâncias do Singreh (Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos).

De acordo com o especialista, o cenário atual não é favorável, havendo inclusive a possibilidade de uma crise hídrica generalizada. "Hoje, infelizmente, estamos vivendo uma ameaça nesse processo. O governo federal apresentou um projeto de lei que retira aspectos muito importantes de comissões e instituições que atuam e trabalham em bacias, como a Piracicaba e Capivari", disse.

Segundo ele, garantir a segurança hídrica não está relacionado apenas ao fornecimento de água, mas também à segurança e prevenção de desastres ecológicos como o ocorrido em Ilhéus (BA) em 2022. "É preciso registrar que a culpa não é da chuva. Nossa responsabilidade sobre isso é muito maior", enfatizou.

Uma das causas para esses desastres, de acordo com Ângelo, é o aumento da temperatura na superfície global, que, de 1880 a 2019, "cresceu consideravelmente paralela ao crescimento no desmatamento da Amazônia e outros biomas, junto do estímulo ao garimpo e à grilagem". "Isso nos traz cada vez mais desafios", refletiu.

Dados apontados pelo especialista dão conta de que 35 milhões de pessoas não têm acesso a recursos hídricos básicos. No Nordeste, apenas 57,5% da população é abastecida com água tratada, a menor taxa no país. Já no Centro-Oeste, 89,7% da população possui esse serviço.

Para Ângelo, o investimento de recursos e o acesso à água precisam ser maiores. "É preciso colocar isso como um dos fatores estratégicos, pois a água é um bem que não vivemos sem. Não há desenvolvimento econômico social e ambiental sem água e sem saneamento", pontuou.



Texto:  Pedro Paulo Martins
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Escola do Legislativo

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