A psicóloga Patrícia Fedrizzi da Silva usou a Tribuna Popular, durante a 29ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (22), para argumentar contra a proposta de municipalização de oito escolas estaduais. Na reunião, os vereadores aprovaram moção de apelo ao Governo do Estado para que as unidades não sejam transferidas para a gestão da rede municipal.

A oradora destacou uma série de benefícios proporcionados pelo programa atualmente executado nas escolas, que fazem parte do PEI (Programa de Ensino Integral). A principal preocupação é quanto à interrupção do programa que, segundo a mãe, desenvolve as competências socioemocionais dos alunos, através de um ensino humanizado, em um ambiente de acolhimento e tolerância.

A oradora ainda avaliou que não há vantagem nenhuma com a municipalização. “No contexto em que se encontram as unidades em questão, a municipalização não deve ser aplicada. A coesão e coerência acontecem porque equipes de trabalho estão há anos juntas”, afirmou. Ela ainda relatou a preocupação com o destino dos professores e funcionários, já que, com a falta de profissionais na rede estadual, após o convênio com o município, eles poderiam ser destinados para outras unidades, teriam os salários reduzidos ou ficariam sem os postos de trabalho.

Na rede municipal, por exemplo, não há disciplinas de Artes, Educação Física e Inglês. Além disso, não há garantias de que o ensino continuaria a ser integral, tendo em vista que o município possui esse modelo apenas para 15 turmas. Por fim, a proposta da oradora é que a municipalização seja melhor estudada. “O município pode se debruçar para estudar o PEI e voltar com uma proposta que valorize os funcionários da rede municipal e tenha uma linha de trabalho coerente e a longo prazo”, destacou.

Confira, no vídeo, nesta página, o discurso completo da oradora.