O vereador José Aparecido Longatto (PSDB) visitou a rua Ephigênia Miotto Cesta, no Jardim Maria, região de Santa Terezinha, na manhã desta quarta-feira (29), para acompanhar o início de uma obra para a reestruturação de rede coletora de esgoto.

Segundo um assessor da presidência do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) ao parlamentar, os trabalhos seriam executados pela Águas do Mirante, responsável pelo sistema de esgoto de Piracicaba, no período da manhã, mas, para a surpresa do vereador Longatto, nenhum operador foi até o local. 

“A obra é necessária, porque essa rede capta o esgoto de dois bairros e um condomínio com 1.200 famílias, mas ela não comporta todo este volume", explicou o vereador. Os moradores relataram que, quando havia menos casas, a rede comportava, mas atualmente, com o aumento de residências, o sistema não suporta mais.

“Um engenheiro da Águas do Mirante veio aqui um dia e disse que o problema pode ser resolvido, só substituindo a rede”, alegou o mecânico Marcos de Angelis, de 66 anos.

No local, o vereador ligou para o Semae, que justificou que a equipe foi escalada para os trabalhos, entretanto, outra obra, iniciada na terça-feira (28), deveria ser finalizada. “Isso é irresponsabilidade, uma brincadeira de mau gosto”, disse Longatto. 

CAMPO DE AREIA – Ainda no mesmo bairro, o motorista Valderson da Conceição Silva, de 34 anos, e o vereador reivindicam a reposição de areia em um campo de futebol, na esquina das ruas Rosa Daniott Zílio e Gabriel Coury Athie. 

Segundo Silva, os usuários sofrem com os buracos espalhados por todo o espaço. “Durante os dias de chuvas, a água leva a areia embora e forma os buracos, que são grandes. A maioria dos usuários são as crianças. Nós, moradores, entramos em contato com a prefeitura, dizendo que resolveria esse problema ainda nesse primeiro semestre. Já estamos no final e nada de retorno”, salientou o motorista. 

RETIRADA DE ÔNIBUS – Outro assunto discutido na presença do vereador no Jardim Maria, foi à retirada das linhas do transporte público sem prévio aviso à população há quatro meses, conforme o mestre de obras José Eduardo Pereira, de 48 anos. 

“Há muitos deficientes e idosos que precisam do transporte para ir até o pronto socorro do Vila Sônia, que é o mais próximo. Acredito que [a prefeitura] não tinha que tirar, e sim aumentar o número de veículos. O que eles fizeram depois que retiraram? Os colocaram em um bairro vizinho que não tem nem dois anos de existência, e que anda praticamente vazio durante todo o dia”, alegou Pereira. 

Segundo ele, as linhas atendiam há quase dez anos. “Depois que retiraram, eu que levo os moradores, quando precisam, aos hospitais ou farmácias”, destacou o motorista. 

Nesta terça-feira (28), o vereador esteve em reunião com representantes da Via ágil, empresa responsável pelo transporte público, e cobrou solução para o problema. “Eles disseram que estavam propensos a implantar uma nova linha aqui no bairro”, afirmou Longatto, que gostaria da presença do diretor do Departamento de Transportes Públicos da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes), Vanderlei Quartarolo, ao bairro, para que dê satisfação aos moradores sobre a retirada dos veículos. 

APP – Durante a visita, nesta quarta-feira, o vereador também conferiu uma Área de Preservação Permanente (APP) que, segundo ele, foi desmatada há alguns anos, e que atualmente as margens do córrego Das Ondas sofrem com um processo de aterro. “Quero saber se a prefeitura autorizou esse aterro sem o consentimento dos órgãos ambientais fiscalizadores. Caso positivo, isso é crime ambiental”, afirmou.