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09 DE FEVEREIRO DE 2021

Com filas, vacinação drive-thru para idosos é criticada por vereadores


Parlamentares criticaram filas que se estenderam por quilômetros, a espera de horas para que os idosos fossem vacinados e a opção por concentrar a imunização no shopping.



EM PIRACICABA (SP)  

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Vereadores participam, via SDR, da 3ª reunião ordinária de 2021






A vacinação, em sistema drive-thru, de idosos com mais de 90 anos e profissionais de saúde contra a Covid-19, no último sábado (6), motivou críticas de vereadores à Prefeitura. A decisão de concentrar a imunização no Shopping Piracicaba foi classificada de "verdadeiro absurdo" e de "vergonha" pelos parlamentares durante a 3ª reunião ordinária do ano, nesta segunda-feira (8).

Entre os transtornos apontados pelos vereadores, estão as filas de veículos que se estenderam por quilômetros, a espera de horas para que os idosos fossem vacinados, o requisito de contar com um carro para participar do drive-thru, os relatos de que profissionais de saúde não receberam a imunização e a opção pela concentração no centro de compras, ignorando a estrutura de postos da rede pública de saúde.

Pedro Kawai (PSDB), autor de requerimento aprovado que indaga sobre o plano municipal de vacinação, reforçou a necessidade de o Legislativo e a população conhecerem a estratégia da Secretaria Municipal de Saúde para a imunização contra a Covid-19 "para que se evitem transtornos, como os que aconteceram" no sábado.

"Para mim, chegaram muitas reclamações, entre elas a de uma organização melhor. Formaram-se filas quilométricas, com pessoas idosas esperando até 3 horas. Foram convocados todos os profissionais de saúde, que foram informados que não poderiam ser vacinados naquele dia. Por que não foi feita essa vacinação nos postos de saúde? Seria mais prático e evitaria todo esse transtorno causado. Entendo que o secretário está aprendendo, assim como todos nós, mas poderia ter tido cuidado melhor", disse Josef Borges (SD), em menção a Filemon Silvano, titular da Saúde.

"O que assistimos no sábado foi um verdadeiro absurdo e uma demonstração de total desorganização por parte do governo na vacinação. Não pode ser na forma como se deu, aquilo foi um espetáculo, num espaço de comércio, quando na realidade o Poder Público tem mais de 70 postos de saúde que poderiam ter sido organizados para a vacinação nos mesmos moldes e com muito maior eficiência. Ver aquela fila imensa para que os idosos fossem vacinados, assim também como os servidores que estão na linha de frente, foi um absurdo", afirmou Rai de Almeida (PT), que criticou a opção por um sistema que requer o uso de veículos.

"Foi realmente uma vergonha. Não entendo como os profissionais que lá estão querem inventar a roda. Temos 80 postos de saúde, lugar de sobra para fazer isso, gente especializada, profissional que trabalha dia e noite, e você vai abrir shopping? Uma idosa de 93 anos, depois de 3h30, precisou pedir para fazer xixi, quase perdeu lugar na fila. Só que ela passou mal e teve que tomar a vacina quase às 17h, dentro do shopping. É um absurdo isso", denunciou Ana Pavão (PL).

"Estivemos na Secretaria de Saúde dois dias antes da ação no shopping, levando essa preocupação. Infelizmente ocorreu tudo o que ocorreu, coloco aqui essa indignação pelos idosos que ficaram na fila, no sol, com a desorganização que aconteceu no sábado", disse Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade É Sua.

Laércio Trevisan Júnior (PL) afirmou que "uma enorme quantidade de pessoas procurou [o shopping] para se vacinar e a estratégia não foi eficiente". Ele informou que, na próxima quarta-feira (10), a Prefeitura prosseguirá com a vacinação para idosos com mais de 90 anos (nas unidades básicas de saúde do Centro, da Vila Independência e do Jardim Alvorada e nos Crabs da Vila Rezende e de Santa Teresinha) e para os profissionais de saúde (em dez filiais da farmácia Drogal). "Vamos ver se agora flui melhor", completou.

Fabrício Polezi (PAT) reforçou que serão 15 locais de vacinação. "Que as pessoas tenham calma, vai ter vacina para todo mundo. Toda a população vai ser coberta", afirmou.

Durante a reunião ordinária, os vereadores aprovaram 19 requerimentos e derrubaram o parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação do biênio 2019-2020 ao projeto de lei 113/2020, de autoria do vereador Paulo Henrique Paranhos (REP), que estabelece como atividades essenciais em períodos de calamidade pública e pandemia templos de qualquer culto. A propositura agora retorna às demais comissões da Casa para receber outros pareceres e, se considerada apta, ser levada a votação.

A reunião ordinária foi realizada via SDR (sistema de deliberação remoto), com somente o presidente da Casa, Gilmar Rotta (CID), permanecendo no plenário, enquanto os demais parlamentares participaram de suas casas ou gabinetes.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  TV Câmara


Reunião Ordinária Institucional

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