07 de julho de 2020
Câmara cria exposição virtual para lembrar Revolução de 1932
Acervo sob a guarda do Departamento de Documentação e Transparência fica em exposição de 9 a 30 de julho
O Departamento de Documentação e Transparência da Câmara de Vereadores de Piracicaba criou uma exposição virtual para lembrar os 88 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. O endereço do site é o www.exposicaorevolucao1932.myportfolio.com e pode ser acessado de 9 a 30 de julho.
Bruno Didoné de Oliveira, diretor do departamento, lembra que a Câmara realiza, há vários anos, uma exposição alusiva ao assunto, em que apresenta ao público as principais peças de seu acervo.
Este 2020, como o acesso ao público na Câmara está restrito, como forma de prevenção ao novo coronavírus, a exposição virtual foi a alternativa para lembrar a data. “Temos um material rico, sendo grande parte doado pela família do ex-combatente Joaquim Moreno", explica Oliveira. Natural de Bauru, Moreno morreu em 27 de dezembro de 2010, aos 96 anos, em Piracicaba.
Segundo o diretor, várias imagens do material foram produzidas, receberam tratamento de edição e levantamento de informações históricas. Para disponibilizar o material na internet, foi utilizada a plataforma Portfolio Adobe, uma das mais recomendadas para a finalidade. "Conversamos com o presidente Gilmar Rotta (CID), que aprovou e nos apoiou na iniciativa, e nos empenhamos nas últimas duas semanas para concretizar o projeto", completa Oliveira.
Além dele, o trabalho mobilizou a arquivista Giovanna Fenili Calabria e as estagiárias Vitória Melega, Eduarda Moretti, Bianca Andrade e Laura Lima Ribeiro.
Ao "percorrer" a exposição, o público tem acesso à Medalha M.M.D.C., concedida a Moreno em 1963, comemorativa ao trigésimo aniversário da data histórica, além de objetos utilizados pelo combatente, como cantil, gorro, marmiteira e prato em metal, camisa e calça do uniforme, capacete em ferro e bolsas em tecido e couro.
Também estão expostas uma placa de homenagem que a Câmara fez ao ex-combatente, em 2010, as bandeiras utilizadas no front de batalha, medalhas, broches e flâmulas.
Data magna no Estado de São Paulo desde 1995, o 9 de Julho é o dia em que os paulistas pegaram em armas para lutar pela destituição do governo provisório de Getúlio Vargas, que dois anos antes assumira o poder no país, fechou o Congresso e aboliu a Constituição. O Estado pedia a promulgação de uma nova Constituição Federal.
Ao todo foram mais de 200 mil voluntários, sendo 60 mil combatentes. Estima-se que Piracicaba contou com 800 voluntários e 47 combatentes. Eles se juntaram a outras tropas paulistas, partiram da praça José Bonifácio em direção à Estação da Paulista, com destino a campos de batalha e outras guarnições do Estado. Na ocasião, as famílias acompanharam os soldados na caminhada pela rua Boa Morte até a estação.
As iniciais M.M.D.C. transformaram-se na sigla do movimento. Elas fazem alusão aos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, mortos em 23 de maio de 1932, durante um comício na capital.
Em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus, o feriado de 9 de julho foi antecipado para 25 de maio, a partir de votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e decreto do governador João Dória (PSDB). Todos os anos, acontecia na praça José Bonifácio um ato solene, com a tradicional salva de 21 tiros de fuzil pela Polícia Militar e o toque de silêncio em memória dos soldados que morreram.
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