Jucelina Domingues de Souza, moradora do bairro Santa Rita Avencas, é mãe de dois filhos, um de 13 anos com autismo moderado e outra de quatro anos que faz tratamento de câncer no intestino. É do lar e se dedica também a cuidar da mãe acamada, vítima de acidente vascular cerebral (AVC), enquanto o marido trabalha para garantir a renda base de R$ 1.543,70.

Este é o panorama de vida dado pelo vereador Laercio Trevisan Junior (PR), no requerimento 576/2018, aprovado nesta segunda-feira (12), durante a 68ª reunião ordinária, no qual ele questiona a Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba) sobre a situação de Jucelina junto ao programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.

Ocorre que, de acordo com o parlamentar, o nome da moradora foi publicado na listagem de composição da demanda dos titulares — Vida Nova I, II, III e IV — e por não ter comparecido ao evento de sorteio (realizado no último dia 16), por ter acompanhado o filho no hospital, foi avisada por uma vizinha que havia sido contemplada no programa.

Ela procurou a Emdhap e foi informada que seu nome havia sido desclassificado pela Caixa Econômica Federal, pois a renda do marido ultrapassaria o valor máximo previsto pela agência bancária.

Trevisan quer saber qual a situação de Jucelina no programa, em quais critérios ela se enquadra e se ela foi sorteada no evento.

Pergunta também qual o motivo da desclassificação e se ela tem preferência no sorteio, por ter dependentes com deficiência e morar em "área de risco".

O vereador questiona o que deve ser feito para que Jucelina não seja prejudicada com a perda do imóvel e que providências a Emdhap adotará no caso.