05 DE JUNHO DE 2016
Cinco imóveis foram demolidos em março; vereador defende criação de associação
Parlamentar esteve na região de Tupi na manhã deste domingo
Moradores da Fazenda Colina Santa Isabel, na região do Distrito de Tupi, irão se mobilizar para criar uma associação no bairro. A ação é um dos primeiros passos para a regularização do lote 185, onde residem 16 famílias. Em meados de março, eles foram surpreendidos com a demolição de cinco imóveis pelas secretarias de Obras, Meio Ambiente, Pelotão Ambiental e Guarda Civil.
O vereador João Manoel dos Santos (PTB) retornou ao bairro neste domingo, 5, para orientar os moradores. Ele já esteve na comunidade no dia 22 de maio. O parlamentar disse ter conversado com a Procuradoria Geral do Município, sendo informado que a demolição foi motivada por uma denúncia, pois o loteamento estaria numa área de preservação permanente (APP). “O problema é que todos pagaram pelos seus terrenos e possuem escritura em cartório. Vou verificar a possibilidade de indenização”, disse.
João Manoel quer que os moradores façam um boletim de ocorrência, mas primeiro entende que é preciso constituir a diretoria, eleger um representante e oficializar a associação. Além disso, o parlamentar instruiu a comunidade a realizar um levantamento topográfico, para a delimitação adequada do que é ou não uma APP.
Os lotes da Fazenda Colina Santa Izabel começaram a ser comercializados a partir de 2013, sendo que as 16 famílias adquiriram os terrenos de um único proprietário. “Estamos confiantes de que algo será feito. Desde o dia 19 de março, quando a prefeitura chegou demolindo os imóveis sem nos avisar, não sabíamos como conduzir a situação. Agora está tudo mais claro”, declarou Berenice Aparecida Morato Pereira.
O aposentado Gerson Ferreira, que terá o auxílio do gabinete de João Manoel para prosseguir com a documentação, disse que o clima de incerteza é geral entre os moradores. “A gente não sabe se amanhã pode aparecer alguém aqui e sair derrubando tudo de novo. Uma das casas estava praticamente na laje. Nós não recebemos qualquer notificação da prefeitura quando tudo aconteceu e, agora, temos que nos proteger de alguma forma.”