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03 DE DEZEMBRO DE 2014

Voluntários encaram dificuldades vividas diariamente por um deficiente


Ação promovida por André Bandeira na praça José Bonifácio convidou pessoas a experimentarem as mesmas limitações de um deficiente físico ou visual ao andar pelo Centro.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Paulo Ricardo dos Santos (1 de 18) Salvar imagem em alta resolução

Júlia, de olhos vendados e ao lado de uma amiga, e Israelle, ao fundo, junto com André Bandeira, encaram o desafio no Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência

Júlia, de olhos vendados e ao lado de uma amiga, e Israelle, ao fundo, junto com André Bandeira, encaram o desafio no Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (2 de 18) Salvar imagem em alta resolução

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (3 de 18) Salvar imagem em alta resolução

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes
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A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (5 de 18) Salvar imagem em alta resolução

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas
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A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas
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A jornalista Stefanie Archilli, do "Jornal de Piracicaba", sentiu as dificuldades que uma pessoa com deficiência visual encara ao andar pelo entorno da praça José Bonifácio

A jornalista Stefanie Archilli, do "Jornal de Piracicaba", sentiu as dificuldades que uma pessoa com deficiência visual encara ao andar pelo entorno da praça José Bonifácio
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A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas
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A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas

A jornalista Adriana Ferezim, da "Gazeta de Piracicaba", também experimentou a sensação de locomover-se pelo Centro numa cadeira de rodas
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A mesma rampa foi vencida com facilidade por André Bandeira, que é cadeirante há 18 anos

A mesma rampa foi vencida com facilidade por André Bandeira, que é cadeirante há 18 anos
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (11 de 18) Salvar imagem em alta resolução

Desacostumada, Israelle teve dificuldades para subir a rampa da agência da Caixa, que segue os padrões da ABNT

Desacostumada, Israelle teve dificuldades para subir a rampa da agência da Caixa, que segue os padrões da ABNT
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (12 de 18) Salvar imagem em alta resolução

Ao lado de André Bandeira, Israelle terminou o trajeto com os braços tremendo

Ao lado de André Bandeira, Israelle terminou o trajeto com os braços tremendo
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Júlia caminha em frente à agência da Caixa, orientada pelo piso tátil direcionado

Júlia caminha em frente à agência da Caixa, orientada pelo piso tátil direcionado
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Júlia, de olhos vendados e ao lado de uma amiga, e Israelle, junto com André Bandeira, encaram o desafio no Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência

Júlia, de olhos vendados e ao lado de uma amiga, e Israelle, junto com André Bandeira, encaram o desafio no Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (15 de 18) Salvar imagem em alta resolução

Cartazes alertavam a população sobre a necessidade de refletir sobre o tema

Cartazes alertavam a população sobre a necessidade de refletir sobre o tema
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (16 de 18) Salvar imagem em alta resolução

Cartazes alertavam a população sobre a necessidade de refletir sobre o tema

Cartazes alertavam a população sobre a necessidade de refletir sobre o tema
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Júlia caminhou desde a praça José Bonifácio à agência da Caixa com os olhos vendados e o auxílio de uma bengala

Júlia caminhou desde a praça José Bonifácio à agência da Caixa com os olhos vendados e o auxílio de uma bengala
Foto: Paulo Ricardo dos Santos (18 de 18) Salvar imagem em alta resolução

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes

André Bandeira comentou que é necessário o Poder Público agir para mudar a realidade dos deficientes
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Júlia, de olhos vendados e ao lado de uma amiga, e Israelle, ao fundo, junto com André Bandeira, encaram o desafio no Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência



Não demorou vinte minutos para que o sorriso no rosto de Israelle Classere, 17, desse lugar a um semblante fechado, ofegante. O que parecia ser uma brincadeira que renderia alguns cliques para o perfil no Facebook virou lição para toda a vida, após a estudante experimentar como é locomover-se numa cadeira de rodas, no Centro da cidade. "Meus braços doem!", desabafou, após vencer "meros" 50 metros cheios de obstáculos.

A proposta de fazer pessoas sem limitações físicas sentirem "na pele" as dificuldades enfrentadas nas ruas de Piracicaba por quem tem deficiência física ou visual atraiu os olhares de quem passou pela praça José Bonifácio, na tarde desta quarta-feira (3). A ação, promovida pelo vereador André Bandeira (PSDB), marcou o Dia Municipal e Mundial da Pessoa com Deficiência.

Assim como em 2013, quando o entorno da mesma praça foi palco de uma mobilização para conscientizar os motoristas a respeitarem vagas de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência, a atividade deste ano também propôs uma reflexão diante das barreiras que essa parcela da população encontra ao circular pelas ruas de Piracicaba.

Antevendo as dificuldades que a experiência geraria, parte de um grupo de nove estudantes do curso técnico em administração do Senac que caminhava pelo Centro recuou do convite de participar do desafio. Coube, então, a Israelle e Júlia Alves, 16, a missão de sair do meio da praça, atravessar a rua Boa Morte pela faixa de pedestres e chegar ao caixa eletrônico da agência central da Caixa Econômica Federal.

Antes de começar, Israelle perguntava o que aconteceria se caísse da cadeira de rodas ––situação não rara para quem lida com essa condição no dia a dia. Já Júlia, que iria fazer o percurso com os olhos vendados e a ajuda apenas de uma bengala, simulando a realidade de um deficiente visual, queria saber se suas amigas poderiam acompanhá-la ––a elas, era permitido apenas ficar na retaguarda, sem tocar nem orientar Júlia.

Acompanhadas de perto por André Bandeira, as duas jovens voluntárias conseguiram chegar ao caixa eletrônico, mas a duras penas. "Nossa, achei muito difícil! Teve horas em que eu me perdia, não sabia o que eu estava tocando, nem para onde ia. Fiquei apavorada, achei que seria atropelada! Foi uma experiência incrível!", comentou Júlia, ao término do desafio.

Já os braços de Israelle tremiam após o esforço de conduzir a cadeira de rodas, principalmente para vencer as quatro rampas do trajeto. "Foi difícil e interessante. Forçou muito o meu braço. Sozinha eu não conseguiria subir", disse ela, que acabou contando com um "empurrãozinho" de uma amiga para vencer a rampa de acesso à Caixa.

Até as jornalistas Stefanie Archilli e Adriana Ferezim, que cobriam o ato, respectivamente, pelo "Jornal de Piracicaba" e pela "Gazeta de Piracicaba", toparam participar da experiência. Ao final, Stefanie, que sentiu as limitações encontradas por um deficiente visual, e Adriana, que viu como é andar pela cidade numa cadeira de rodas, corroboraram as impressões relatadas por Júlia e Israelle.

Para André Bandeira, a reflexão proposta pela ação realizada na praça José Bonifácio mostra que ainda há muito o que fazer em Piracicaba nessa área. "As pessoas que participaram desse desafio enfrentaram várias dificuldades comuns à pessoa com deficiência: insegurança, medo do que encontrariam pela frente, falta de acessibilidade das rampas. Por isso, é fundamental que o Poder Público faça seu papel, que a sociedade comece a se conscientizar e que a população respeite essas pessoas."



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Cidadania André Bandeira

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