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25 DE JUNHO DE 2021

Vitiligo: vídeo traz depoimentos no Dia Municipal de Conscientização


Data, instituída em Piracicaba pelo vereador André Bandeira, trata da importância do tratamento médico e psicológico para a doença autoimune.



EM PIRACICABA (SP)  

A publicitária Marcela Varella Zinsly

A publicitária Marcela Varella Zinsly

O fotógrafo Maycon Diego Cruz Sacchi

O fotógrafo Maycon Diego Cruz Sacchi

A médica dermatologista Marcia Motta Maia de Oliveira

A médica dermatologista Marcia Motta Maia de Oliveira

A psicóloga, neuropsicóloga e psicanalista Rosana Figueiredo

A psicóloga, neuropsicóloga e psicanalista Rosana Figueiredo
Foto: Davi Negri - MTB 20.499 (5 de 5) Salvar imagem em alta resolução

O vereador André Bandeira

O vereador André Bandeira
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A publicitária Marcela Varella Zinsly








Instituído em Piracicaba pela lei 9.161/2019, de autoria do vereador André Bandeira (PSDB), o "Dia Municipal de Conscientização sobre o Vitiligo" lembra a importância do tratamento médico e psicológico para a doença, que, autoimune, gera descoloração da pele e impactos emocionais na vida de 1 a cada 200 brasileiros.

Para marcar a data, neste 25 de junho, a Câmara Municipal de Piracicaba, numa produção do Departamento de Comunicação junto com o gabinete de André Bandeira, traz depoimentos de uma publicitária e um fotógrafo que têm vitiligo e as orientações de uma médica dermatologista e uma psicóloga sobre o tratamento necessário.

Marcela Varella Zinsly tem vitiligo há 11 anos. "Quando descobri a doença, eu tinha perto dos 30, foi num momento muito difícil da minha vida, emocionalmente. Aquilo me afetou de uma forma que as manchas começaram a aparecer. Ela não é uma doença de pele, ela é uma doença autoimune, onde as nossas células estão nos defendendo de uma inflamação", relata a publicitária.

Ela defende que "todas as doenças deveriam ser profundamente estudadas para podermos ter a consciência do que fazer, que tipo de profissional procurar, para não perder tanto tempo". "Acho que eu demorei um tempo, no começo eu me sentia um pouco envergonhada, 'o que as pessoas vão pensar'. Você é 'perfeita' e, de um dia para outro, sua pele começa a descolorir inteira", conta Marcela.

A publicitária cita que a fase emocional é a "mais crítica, de aceitação". "Quando me libertei, finalmente comecei a querer entender mais profundamente, a fazer essa busca e tentar mudar todo o meu estilo de vida. E buscar me sentir cada vez mais bem comigo, com a minha alimentação, com a minha família, com o meu estresse, com o meu trabalho, para eu poder melhorar essa parte inflamatória e me sentir melhor", diz. 

O fotógrafo Maycon Diego Cruz Sacchi aponta que levar informação às pessoas é importante para quebrar o preconceito contra quem tem a doença. "O vitiligo não é algo transmissível. Não me atrapalha em nada; o que me atrapalha é o seu preconceito. Procure informações com um médico dermatologista ou até mesmo com as pessoas que têm o vitiligo. Isso pode te conscientizar a não fazer o próximo sofrer preconceito." 

Marcia Motta Maia de Oliveira, médica dermatologista, explica que o vitiligo é uma doença que pode ser controlada. "Ela tem às vezes cura espontânea ou pode ficar a vida inteira com o paciente. A pessoa cria anticorpos contra os melanócitos, que são as células que vão dar o pigmento e a coloração da pele. Então, se você cria anticorpos contra essa célula, você vai ter uma área branca", esclarece.

O tratamento, segundo a médica, "é demorado e vai depender muito da paciência" da pessoa com vitiligo. "A gente tem que fazer um tratamento multidisciplinar, esse paciente tem que ter um acompanhamento psicológico muito de perto. Se está emocionalmente bem, as lesões ficam estagnadas."

Rosana Figueiredo, que é psicóloga, neuropsicóloga e psicanalista, considera o vitiligo "uma doença psicossomática". "Quando recebo um paciente com essa síndrome, essa doença, vejo muitos ressentimentos, mágoas, tristezas, que ele nem sabem que tem. Esse corpo está gritando sobre o que está doendo internamente", afirma a psicóloga, defendendo o acompanhamento terapêutico.

Ao longo desta semana, André Bandeira conversou sobre o tema com as três mulheres que participam do vídeo, em lives em suas redes sociais. Com início sempre às 19h, na terça-feira (22) o bate-papo foi com Marcia Motta, na quarta (24), com Marcela Zinsly e, nesta sexta, com Rosana Figueiredo.

"Discutindo a temática e buscando ampliar o conhecimento da população e minimizar a discriminação e o preconceito contra quem possui vitiligo, abordamos relatos de pacientes, curiosidades, tiramos dúvidas e também falamos de conceitos básicos e formas de tratamento, além de desmistificar mitos sobre a doença. Destacamos também a realidade da pessoa com vitiligo, as descobertas e a importância do acompanhamento psicoterapêutico", resumiu André Bandeira.

O autor da lei 9.161/2019 destaca que Piracicaba foi a primeira cidade do país a ter o "Dia Municipal de Conscientização sobre o Vitiligo". "Coloquei essa questão porque procuro sempre trabalhar em meu mandato a inclusão e a participação de todas as pessoas da sociedade."

"Esta não é uma data para se comemorar, mas, sim, para se buscar levar conscientização às pessoas a respeito do tema. Por isso, realizamos lives informativas durante esta semana e, junto com a equipe de Comunicação da Câmara, produzimos esse vídeo que conscientiza e informa a população. Além disso, coloquei uma emenda no PPA [Plano Plurianual 2022-2025] buscando a implementação de políticas públicas voltadas a essas pessoas", acrescentou o vereador.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Imagens de TV:  Márcio Bissoli - MTB 48.321 Gustavo Annunciato - MTB 58.557


Homenagem André Bandeira

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