Vereadora cobra instalação de memorial às vítimas do Edifício Comurba

Durante a 40ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta quinta-feira (7), os vereadores aprovaram o requerimento 760/2025, da vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo "A Cidade é Sua". O documento solicita informações ao Executivo sobre a implementação do Memorial às Vítimas do Edifício Luiz de Queiroz - Comurba, previsto na Praça José Bonifácio, próximo ao Poupatempo Estadual, conforme estabelecido pelas Leis Municipais nº 10.191/24 e 10.230/24.

O texto do requerimento relembra a tragédia ocorrida em 6 de novembro de 1964, quando o edifício em construção desabou, deixando cerca de 50 vítimas fatais e marcando profundamente a história da cidade. O projeto, considerado uma das obras mais arrojadas do interior paulista na época, era desenvolvido pela Comurba (Companhia de Melhoramentos Urbanos) e tinha autoria do arquiteto Fábio Penteado. Em 2024, completaram-se 60 anos do ocorrido, e a homenagem às vítimas tem sido uma demanda antiga da sociedade piracicabana. 

A vereadora destacou que as leis municipais que instituíram o memorial estabeleceram um prazo de 180 dias para sua implementação após a publicação, o que deveria ter sido cumprido em maio de 2025. No entanto, até o momento, as obras não foram iniciadas. O documento menciona que um projeto arquitetônico para o memorial, idealizado pelo artista plástico Palmiro Romani, foi entregue ao secretário municipal de Cultura, Carlos Beltrame, em 26 de março de 2025, com a promessa de encaminhamento às demais secretarias envolvidas. Além disso, um grupo da sociedade civil, composto por arquitetos, psicólogos, artistas e familiares das vítimas, tem acompanhado e cobrado a realização da obra. 

O requerimento solicita ao Executivo que informe se tem conhecimento da vigência da lei e por qual motivo as obras ainda não começaram. Questiona também se o projeto já foi encaminhado às secretarias responsáveis e, em caso positivo, pede o número do processo correspondente. Caso o memorial esteja em análise, a vereadora solicita um prazo estimado para o início da construção. O documento ainda pergunta se existe outro projeto artístico ou arquitetônico desenvolvido pela Prefeitura para o memorial e solicita que seja apresentado, caso exista.