16 de setembro de 2025

Vereadora busca informações sobre exames de eletroforese em gestantes

Propositura de Rai de Almeida (PT) foi aprovada durante a reunião ordinária desta segunda-feira (15)

Durante a 50ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta segunda-feira (15), foi aprovado o requerimento 1031/2025, da vereadora Rai de Almeida (PT). A propositura solicita informações ao Executivo sobre a realização do exame de eletroforese de hemoglobina em gestantes atendidas pela rede municipal de saúde. 

O documento destaca que o exame é fundamental no período gestacional, pois permite identificar alterações genéticas hereditárias do sangue, como a anemia falciforme e as talassemias. Essas condições, quando não diagnosticadas precocemente, podem trazer graves consequências para a mãe e para o bebê. A propositura ressalta ainda que o procedimento é de baixo custo, recomendado pelos protocolos nacionais e previsto na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, sendo considerado essencial na triagem pré-natal.

Entre as informações solicitadas ao Executivo estão o número de gestantes atualmente acompanhadas pela rede pública no município, quantas delas são negras, quantas realizaram o exame em 2025, se as equipes de pré-natal estão treinadas para solicitar, avaliar e realizar o aconselhamento genético após o resultado e quais medidas serão adotadas caso haja mulheres sem acesso ao teste. A autora do requerimento também enfatiza que garantir a universalização do exame é uma medida de equidade em saúde, considerando que a anemia falciforme incide com maior frequência sobre a população negra.

Ao justificar o voto em plenário, Rai de Almeida ressaltou a importância da aprovação da matéria. “Este é um exame muito simples, de baixo custo para os cofres públicos, mas com resultados extremamente importantes. Por meio dele, pode-se detectar doenças hereditárias, especialmente a anemia falciforme e as talassemias”, destacou a parlamentar.

Ela esclareceu ainda que o requerimento pede informações sobre quantas gestantes há no município, quantas passaram pelo exame e se as equipes estão preparadas para o atendimento adequado. “Também reforço que essa é uma política de acesso a uma população historicamente marginalizada, que é a população negra. Esperamos que, caso os exames não estejam sendo realizados de forma abrangente, sejam adotadas medidas para que todas as gestantes tenham esse direito garantido”, afirmou.

Texto: Erich Vallim Vicente - MTB 40.337

NOTÍCIAS RELACIONADAS