
28 DE JUNHO DE 2013
O vereador André Gustavo Bandeira (PSDB) teve aprovada na reunião ordinária de quinta-feira, 27, a Moção de Aplauso 138/2013 à aluna Julia Pereira Barbosa da Escola (...)
O vereador André Gustavo Bandeira (PSDB) teve aprovada na reunião ordinária de quinta-feira, 27, a Moção de Aplauso 138/2013 à aluna Julia Pereira Barbosa da Escola Estadual Barão do Rio Branco, por ser a primeira aluna com deficiência auditiva a ingressar no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp).
Para conseguir esta colocação a aluna participou de processo de seleção no final do ano de 2012 na escola que é referência no Estado de São Paulo por apresentar uma inclusão aos alunos com deficiência auditiva. Entre os dez melhores alunos da turma de segundo e terceiro ano do ensino médio, somente Júlia foi selecionada pelo coordenador da escola e apenas ela possui a deficiência.
A busca por essa área cientifica iniciou a partir do momento que ela gostaria de ter contato com diversas áreas. Seu sonho formar-se em pedagogia e lecionar com alunos com a mesma deficiência. A professora Juliana Alleoni Lara da Silva, interprete de libras, expõe que o primeiro contato que a estudante teve com as aulas, se mostrou muito receptiva e teve uma ótima integração com o grupo. “Os alunos procuram aprender a língua dos sinais por meio de pesquisa na internet, objetivando melhor comunicação e, dessa forma, cinco integrantes do grupo já tentam um contato, sem o auxílio de intérprete”, ressalta o vereador.
Segundo a professora Juliana, os surdos sentem falta de um material sobre saúde bucal e estará sendo desenvolvida uma apostila voltada a saúde bucal com a língua de Libras, ficando à disposição dos alunos e professores na Clínica Odontológica lembrando que o aluno surdo sente-se excluído por não ter um material em uma linguagem que possam entender.
“A linguagem de sinais deveria ser ensinada em cursos de graduação em saúde, sendo que desde 2002 é considerada a segunda língua do Brasil”, ressalta professora Fátima Possobon na área de Psicologia Aplicada da FOP/Unicamp.
A presença do intérprete é o que garante a participação no curso e por ser uma linguagem pouco conhecida e destacada em toda instituição, a busca tem que ser iniciadas pelos alunos para auxiliar na adaptação.
Texto: Mariana Blanco – Estagiária
(Postado sob supervisão de Erich Vallim Vicente MTb 40.337)
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946