
16 DE MARÇO DE 2012
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) comentou sobre a falta de medicamentos na rede pública de saúde. Ele abordou o caso de uma criança de quatro anos que, segun (...)
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) comentou sobre a falta de medicamentos na rede pública de saúde ao usar a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (15). Ele abordou o caso de uma criança de quatro anos que, segundo ele, há 40 dias aguarda por insulinas para o controle da diabetes tipo 1.
O parlamentar protocolou um requerimento à Secretaria Municipal de Saúde questionando o não fornecimento das aplicações. A demora obrigou a família da criança a entrar com um processo na Justiça a fim de garantir o tratamento ––um mandado de segurança foi expedido em 8 de fevereiro cobrando os dois tipos de insulina. "Tente providenciar com urgência, senhor secretário. A família necessita desse remédio para a criança", apelou o vereador.
Trevisan alertou que o atraso põe em risco a vida da criança e disse que fez o requerimento "para deixar a responsabilidade configurada". "Se não está respeitando mandato judicial, o que vai se respeitar nessa cidade na questão da saúde? Vai mandar comprar ou não vai?", questionou o parlamentar, afirmando que "este é o papel do vereador, de fazer ações voltadas à população".
Na tribuna, Trevisan ainda cobrou de um "radialista que usa a rádio para atacar este vereador" a abertura de espaço em seu programa para que ele possa ter a mesma oportunidade de se manifestar. Ele criticou o locutor por declarar que o governo federal não repassa verbas ao município e listou uma sequência de valores para rebater tal afirmação.
"Esse mês foram mandados R$ 1,2 milhão para patrocinar um show aéreo. Vieram mais de R$ 2 milhões para fazer toda a reformulação do Projeto Beira-Rio; R$ 93 milhões para a saúde no ano passado e R$ 9 milhões esse ano; R$ 15 milhões para o Semae e R$ 1,5 milhão para a favela do Cantagalo. Não entendo como um radialista fala tudo isso na rádio para induzir as pessoas a acreditarem no que ele diz", comentou.
Por fim, Trevisan falou sobre a carta redigida por 14 funcionários da empresa que está construindo a nova ponte paralela à dos Irmãos Rebouças ("do Mirante"). Ele criticou os empecilhos colocados à fiscalização feita por ele na obra e à forma como foi tratada a equipe da TV Câmara que documentou a visita do vereador ao local. "Escrevem de um fato que não existiu, que eu estava lá com "uma gangue". Não pode olhar lá, não pode investigar?", questionou.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946