
13 DE ABRIL DE 2012
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) voltou a exibir imagens de pontos da cidade para apontar o descaso da Prefeitura com os centros de lazer e no cuidado de via (...)
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) voltou a exibir imagens de pontos da cidade para apontar o descaso da Prefeitura com os centros de lazer e no cuidado de vias públicas. Ao usar a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (12), o parlamentar também falou sobre a superlotação recorde no Centro de Detenção Provisória, com base em reportagem publicada no Jornal de Piracicaba.
"Dos 512 lugares para presos que prometeram em 1992, hoje ele já se encontra com quase 1.700. Para ver como é mentira: na época, falaram que não passaria jamais de 512 pessoas", disse Trevisan, que alertou para os riscos de doenças como tuberculose se espalharem entre os detentos. "Esse tipo de coisa não recupera ninguém. Quando fizemos o movimento para que o presídio não viesse a Piracicaba, tínhamos essa consciência."
Trevisan também criticou a Prefeitura por, dentro do pacote de R$ 21 milhões em obras anunciado recentemente, não incluir nenhum investimento em saúde e segurança. "Com a crise na saúde, a segurança em índices alarmantes, não tem nenhuma obra relacionada à saúde e segurança. A coisa vai piorar. Aí tem R$ 21 milhões para obras, inclusive centros de lazer novos, sendo que os atuais estão abandonados."
Com imagens, Trevisan mostrou a situação dos centros construídos em bairros como Mário Dedini e Piracicamirim. Os problemas incluem quadras abandonadas, vestiários sujos e bancos quebrados. O descaso se repete na antiga base da Polícia Militar na entrada do Mário Dedini. "Onde o Estado não se faz presente, fica esse abandono", observou.
Ao falar sobre o mato alto no São Dimas e na rotatória da Vila Fátima, o vereador ironizou: "Precisamos trazer bois para comer o mato em Piracicaba". Ele ainda comentou sobre a situação no Jardim Itapoã; na favela da Portelinha, onde o esgoto jorra a céu aberto; na Vila Resende, em que pediu a retirada de uma carreta próxima ao Instituto Baronesa de Resende; e na região do Shopping Piracicaba, em que seu pedido para a pintura de sete lombadas foi atendido sete meses depois pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes. "Que bom. Demorou, mas estão sinalizadas. Parece que tem ser questionado em público para as ações serem feitas", disse Trevisan, referindo-se à indagação que fez ao secretário Paulo Prates, que esteve na Câmara na última segunda-feira (9).
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946