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27 DE MARÇO DE 2020

Requerimento questiona divulgação de casos de coronavírus na cidade


Propositura, de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) foi aprovada com urgência na reunião ordinária desta quinta-feira.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução





O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) solicita informações do Executivo sobre os procedimentos adotados pela Prefeitura de Piracicaba para divulgação dos novos casos de coronavírus (Covid-19) na cidade. O requerimento 246/2020 foi aprovado em regime de urgência nesta quinta-feira (26), na 15ª reunião ordinária.

Diariamente, a prefeitura, por meio do site oficial e das redes sociais, divulga um balanço com o número de casos suspeitos e descartados do coronavírus em Piracicaba. “Nota-se, através dos gráficos apresentados, um aumento do número de casos suspeitos, porém, o número de casos descartados apresenta pouca alteração”, observou Trevisan.

Por meio da propositura, o parlamentar pergunta quem é o responsável pela elaboração dos gráficos veiculados pela prefeitura e por qual órgão eles são encaminhados, qual é a secretaria responsável pelo acompanhamento dos casos de coronavírus e como é realizado o teste para detectar o coronavírus na rede pública e na rede privada da cidade.

Ele quer saber se os exames são realizados na hora, qual é o tempo de espera para o paciente receber o resultado e se são encaminhados para São Paulo. Com base nos gráficos divulgados, ele questiona a razão do número de casos descartados não apresentar a mesma alteração comparada ao número de casos suspeitos.

O parlamentar pergunta ainda, se a Secretaria Municipal de Saúde acompanha os casos suspeitos diariamente, como é realizada a notificação quando um paciente que apresenta os sintomas do coronavírus procura atendimento médico em alguma unidade de saúde pública ou privado e se os casos suspeitos estão internados ou em isolamento domiciliar.

Preocupado com o tempo de espera para obter o diagnóstico da doença, Trevisan quer saber se a prefeitura já adquiriu os testes para detectar o coronavírus e quantos estão disponíveis para a população. Além disso, ele pergunta o número de casos confirmados e o estado de saúde de cada paciente.

Na tribuna, durante a reunião ordinária, o parlamentar classificou a situação atual do país como difícil e atípica”. “Se uma pessoa está com o vírus e entra no índice de suspeitos, ela é encaminhada para casa sem recomendação nenhuma? Esses aparelhos que detectam já deveriam estar na cidade. Não decretou calamidade pública? Por que não faz a compra desses aparelhos detectores, de teste rápido?”, questionou.

O vereador Ary de Camargo Pedroso (SD) explicou que os testes rápidos vêm da China e que o município ainda não tem. “O que a Fiocruz produz é o teste do PCR, que demora de 4 a 7 dias para obter resultado com 100% de certeza. O teste rápido é de uma tecnologia que tem na China e na Coreia do Sul, cujo custo inicial não dava para comprar. Então, conseguiu-se uma negociação: 25 testes por 12,50 dólares. Até segunda-feira eles já devem estar aqui na cidade”, informou.

Ainda no requerimento, Trevisan pergunta se a Semtre (Secretaria Municipal de Trabalho e Renda) analisou a possibilidade de ampliar a disponibilidade de recursos ao Banco do Povo Paulista (BPP) a juros de 0% possibilitando operações de financiamentos aos empreendedores formais ou informais, cooperativas e associações de produção formalmente constituídas.

Ele também pergunta se o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) analisou a possibilidade de suspender a cobrança de água e esgoto dos consumidores cadastrados como tarifa social, assim como, de suspender os serviços de corte de água por inadimplência.



Texto:  Raquel Soares
Revisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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