
09 DE FEVEREIRO DE 2010
O diretor presidente da Associação dos Guardas Civis de Piracicaba (AGCDP), Marcos César de Jesus Ramos, fez uso da Tribuna popular na Reunião Ordinária da última s (...)
O diretor presidente da Associação dos Guardas Civis de Piracicaba (AGCDP), Marcos César de Jesus Ramos, fez uso da Tribuna popular na Reunião Ordinária da última segunda-feira (08/02), onde falou sobre o concurso interno para acesso a carreira hierárquica da Guarda Civil de Piracicaba.
"Após dez anos sem concurso e com a contratação de uma empresa especializada no assunto, nos sentíamos seguros na sua realização, mas grande foi nossa decepção ao depararmos com os fatos ocorridos. Não sei dizer o que é mais grave, a incompetência da empresa responsável ou o comodismo da comissão nomeada", disse Ramos.
O representante da entidade comentou que muitas foram as irregularidades desde a elaboração de seu edital, em desconformidade em muitos pontos com a Lei Complementar 067/96, Estatuto da Guarda Civil de Piracicaba , aprovada pela Câmara em dezembro de 1996.
" Nesta Lei está baseada toda a parte operacional hierárquica e disciplinar da Guarda Civil, apesar das falhas e da necessidade de ser reformada e adaptada a nossa realidade hoje, deve ser respeitada por todos", comentou o presidente da associação.
Ramos diz não entender a urgência na realização do concurso, realizado segundo ele ao "apagar das luzes", aproveitando o recesso do Legislativo e Judiciário, violando regras e prazos para recursos e leis municipais e estaduais, que ditam regras para realização de concursos públicos.
Entre as irregularidades ele destaca a disposição de vagas existentes; uso de servidores públicos municipais durante a realização das provas, contrariando as regras do concurso; envio da avaliação escrita a candidato hospitalizado; mudanças de prazos para publicação de resultados; despreparo dos envolvidos na realização do processo e o total desrespeito aos candidatos.
O diretor presidente da AGCDP, comentou também que após a homologação oficial do resultado final, publicado no Diário Oficial do dia 31/01, onde também foram publicadas as portarias de promoções, foram feitas retificações. Em seguida a empresa ADVISE, responsável pelo concurso divulgou uma nota falando da necessidade de readequar as distribuição das notas das provas objetivas e de redação.
Com essa readequação devido a um erro na contagem de pontos, onze candidatos , quatro sub inspetores e sete classes distintas, devidamente nomeados, foram desclassificados.
"Ninguém pode avaliar a desilusão e desgaste emocional que esses servidores passaram, pois já contavam com o aumento salarial que seria proporcionado com os novos cargos e já estavam comemorando com seus familiares e amigos a promoção. Vejam senhores vereadores a gravidade da situação, pois esses servidores nada tem haver com os erros da empresa", falou Ramos.
Durante sua fala Marcos César de Jesus Ramos, falou das dificuldades que alguns guardas civis tiveram em fazer as inscrições que só poderiam ser feitas via internet e nem todos tem acesso ou facilidade para lidar com computadores.
"Vereadores fica aqui um desabafo e nossa indignação, na esperança de que alguém se levante e faça valer um das atribuições desta Casa de Leis, esquecendo o partidarismo para fiscalizar e fazer que as leis sejam cumpridas por quem quer que seja. E o nosso pedido de socorro", finalizou o diretor presidente da AGCDP.
Patrícia Sant Ana Amancio _ MTb:24.154
Foto: Fabrice Desmonts _ MTb: 22.946