
19 DE ABRIL DE 2022
José Antonio Fernandes Paiva ocupou a tribuna popular da Câmara, na noite desta segunda-feira (18), durante a 11ª reunião ordinária.
Sindicalista José Antonio Fernandes Paiva ocupou a tribuna popular nesta segunda-feira (18)
Em defesa da greve dos servidores públicos municipais, o sindicalista José Antonio Fernandes Paiva ocupou a tribuna popular da Câmara, na noite desta segunda-feira (18), durante a 11ª reunião ordinária, e ainda apoiou o projeto de lei 80/2022, do vereador Ary Pedroso Jr. (Solidariedade), que aponta opções para um eventual desconto dos dias parados dos funcionários públicos que aderiram ao movimento paredista.
“Eu queria dialogar com a CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação) e com os nobres parlamentares. É importante entender a origem de um projeto como esse. O Direito é um produto da sociedade e não a sociedade é um produto do Direito”, disse, ao lembrar que o movimento grevista nasceu de uma assembleia, “extremamente participativa”, apontou, e que levou uma proposta à Prefeitura de Piracicaba.
Paiva fez um breve relato de toda a negociação entre a categoria e a Administração Municipal, pontuando que o objetivo era dar um “fôlego” aos trabalhadores públicos, que sofrem com a inflação dos últimos três anos e sobre o qual não houve qualquer reposição por conta da pandemia. “Chegou-se ao acordo de 21% de reposição, mas o que difere é que a Prefeitura quer fatiar até 2024, enquanto a categoria pede para 2022”, disse.
O sindicalista lembrou que, enquanto houve diálogo, as propostas caminharam e havia a possibilidade de se chegar a uma melhor condição para a categoria e à Administração. “A origem deste projeto que agora tramita nesta Casa é uma campanha salarial, na qual diversos atores tentaram reabrir a negociação”, disse, salientando que o movimento grevista chegou a reunir cinco mil pessoas, mostrando sua relevância e representatividade.
“Eu quero pedir que seja feita uma leitura atenciosa ao projeto do vereador Ary, que não abona a falta de ninguém, mas está pedindo para não descontar simplesmente e criar possibilidades”, disse, “isso cria uma justiça para os servidores”, complementou.