
23 DE AGOSTO DE 2010
Dando continuidade a programação do Fórum Municipal Permanente da Pessoa com Deficiência (FOMPPED), foi realizada na noite desta segunda-feira (23/08), a palestra “ (...)
Dando continuidade a programação do Fórum Municipal Permanente da Pessoa com Deficiência (FOMPPED), foi realizada na noite desta segunda-feira (23/08), a palestra “Atuação Fonoaudiológica com Ênfase em Disfagia“, ministrada pela fonoaudióloga Érica Sbravatti, da Clinica Neurológica Vida.
Ao fazer abertura do evento o vereador André Bandeira (PSDB), autor da propositura que instituiu o Fórum, falou do objetivo do ciclo de palestras que é conscientizar a sociedade da importância da inclusão social da pessoa com deficiência. O parlamentar agradeceu as entidades que participaram da 1ª Caminhada pela Inclusão Social e Acessibilidade.
O vereador aproveitou a oportunidade e convidou todos para assistirem ao 1º Desfile Inclusivo de Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, na Praça de Eventos do Shopping Piracicaba que será realizado nesta terça-feira (24/08), com inicio previsto para 19 horas.
Érica Sbravati, iniciou a palestra definindo o que é fonoaudiologia, profissão da área de saúde que pesquisa, previne, avalia e trata as alterações da voz, fala, linguagem audição e aprendizagem e sobre as pessoas atendidas por este profissional.
Em seguida falou sobre a Disfagia, que é uma alteração na deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou salivas, dificultando ou impossibilitando sua ingestão segura, eficiente e confortável, obstruindo parcialmente o completamente as vias respiratórias.
Segundo a fonoaudióloga o problema pode ocorrer em diferentes fases da vida, principalmente em idosos, podendo trazer sérias conseqüências a saúde.
As principais causas da Disfagia é o envelhecimento natural das estruturas envolvidas na deglutição, ou seja, lábios, língua, bochechas; câncer de cabeça e pescoço; próteses dentárias mal adaptadas; refluxo gastroesofágico; traqueostomia; entubação prolongada; doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer; Acidente Vascular Encefálico (AVE) e distrofias musculares.
Entre os sintomas estão às modificações de hábitos alimentares, dando preferência a alimentos pastosos e deixando de ingerir certos alimentos com medo de engasgar, dificuldade e dor ao deglutir, perda súbita de peso, tosse ou sufocamento, alteração na voz, refluxo nasal, soluço, complicações como pneumonia aspirativa, desidratação e desnutrição, entre outros sintomas.
De acordo com a palestrante, as alterações da deglutição devem ser diagnosticadas e tratadas por médicos em parcerias com fonoaudiólogos e nutricionistas e quando mais cedo é feito o diagnóstico dos sintomas, melhor é o resultado do tratamento.
A fonoaudióloga alertou que a Disfagia não é uma doença, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindíveis a orientação e tratamento adequados e que a atenção e auxilio as pessoas com dificuldades de engolir são muito importantes para diminuir as complicações provocadas pela Disfagia.
Ela também falou do uso da sonda nasogástrica (nariz-estomago) e dos cuidados que deve se ter, como limpeza interna e externa, necessidade de troca pelo menos a cada 15 dias da sonda e diariamente do adesivo que fixa ao nariz. “A sonda deve estar sempre higienizada para evitar infecções e outros problemas”, comentou.
Érica Sbravatti, que participou do FOMPPED, pela primeira vez como palestrante, contou que escolheu o tema de acordo com a sua especialidade e que gostou muito do convite para ministrar a palestra. “Sempre participo das reuniões como ouvinte, os temas são bem interessantes e de grande importância para pessoa com deficiência, é uma pena que participação ainda seja muito pequena.
Patrícia Sant’Ana Amancio _ MTb:24.154
Foto: Gustavo Annunciato _ MTb: 58.557