
28 DE FEVEREIRO DE 2013
O cenário impressiona! Para chegarmos à casa de um dos moradores, hoje pela manhã (28) descemos uma ladeira de aproximadamente 30 metros de altura, amparados por um (...)
O cenário impressiona! Para chegarmos à casa de um dos moradores, hoje pela manhã (28) descemos uma ladeira de aproximadamente 30 metros de altura, amparados por uma corda, como se estivéssemos ali para fazer rapel. O local? Favela da Portelinha, localizada a dois quarteirões de uma das principais avenidas que cortam a região da Pauliceia, a Raposo Tavares.
Ao lado do morador Romildo Ribeiro Martins, a vereadora Madalena (PSDB), acompanhada de seu chefe de gabinete, Felipe Bicudo, percorreu algumas vielas do espaço e, sinceramente, fica a pergunta: como é possível famílias residirem em um ambiente insalubre, barracos de madeira, onde há grande incidência de dengue e escorpiões, além de esgoto percorrendo a céu aberto? Na Portelinha, isso acontece.
O mau cheiro, causado pela urina e esgoto, e as fiações clandestinas estão por toda a parte, o acesso ao local consomem algumas calorias por causa dos morros.
Emdhap
A parlamentar questionou, por meio de requerimentos e indicações, a Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional – Emdhap – sobre a possibilidade de remoção das famílias, mas, ainda não obteve resposta. A cada barranco que a vereadora subia e descia era cobrada pela população para que algo seja feito o mais rápido possível. “Nós já enviamos ao Valter (Godoy – presidente da Emdhap) vários documentos pedindo providências...não responderam nenhum”, justificou Madalena
Defesa Civil
O secretário executivo da Defesa Civil, Carlos Alberto Razano, também foi questionado por Martins: “Eu liguei diversas vezes para o Razano e ele disse que, aqui, não há risco iminente. Como não há risco? Não há risco nenhum de cair tudo porque ele não mora aqui”, desabafou
Promessas
Os moradores ainda disseram que em época de eleição muitos políticos vão à Portelinha entregar jornais e fazer promessas. “O que tem de gente que vem aparecer na época de política, vocês não têm noção”, argumentou outro morador da Portelinha.
Diante do que foi constatado na manhã de hoje (28), Madalena reforçará à Emdhap o pedido de remoção das famílias.
Por Marcelo Bandeira (33.121)
Fotos: Davi Negri (22.943)
Departamento de Comunicação