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06 DE SETEMBRO DE 2013

Cancelamento de desfile faz Trevisan pedir apuração da PF


Vereador protocolou na Polícia Federal pedido de abertura de inquérito criminal para a apuração de responsabilidades no caso.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Assessoria parlamentar Salvar imagem em alta resolução

Trevisan, na sede da Polícia Federal em Piracicaba, com o ofício protocolado



O cancelamento do desfile cívico de Sete de Setembro em Piracicaba levou o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) a ir à Polícia Federal protocolar pedido de abertura de inquérito criminal para a apuração de responsabilidades no caso. O parlamentar aponta que a suspensão impede a participação das forças oficiais do Exército Brasileiro no evento e que as ameaças que motivaram a Prefeitura a cancelar o desfile caracterizam apologia ao crime.

Em comunicado emitido na quinta-feira (5), o prefeito Gabriel Ferrato e a Comissão Municipal de Eventos Cívicos decidiram suspender o tradicional ato que celebra o Dia da Independência do Brasil por conta da preocupação relatada por pais de alunos em relação à segurança de seus filhos. De acordo com a nota, "grupos estão convocando pelas redes sociais seus membros para ações durante o desfile, que costumam ir além da simples distribuição de panfletos ou discursos".

O cancelamento do desfile em Piracicaba pela primeira vez em décadas fez Trevisan ir à Polícia Federal pedir a apuração do caso. Junto ao ofício protocolado na tarde desta sexta-feira (6), o vereador anexou mensagens relacionadas ao assunto que vêm sendo postadas na internet. Ele cobra que se tomem "providências cabíveis contra os movimentos Black Bloc e Reaja Piracicaba", "no sentido de identificar esses grupos e puni-los de acordo com a lei".

Para Trevisan, as páginas mantidas por ambos os grupos no Facebook fazem "apologia ao crime". Numa das postagens que integram o material encaminhado por Trevisan a Florisvaldo Emilio das Neves, chefe da Polícia Federal em Piracicaba, um internauta diz: "Novidade galera, o desfile foi cancelado em Piracicaba kkkkkkk, negada tá com u c* na mão kkkkkkkkkk". Em outra, lê-se: "Parabéns para todos nós, pois conseguimos intimidar o governo de m* desta cidade, e a policia, estão em choque..."

Os manifestantes também direcionam ofensas ao presidente da Câmara, João Manoel dos Santos. Em uma das postagens, é dito que, no dia 7 de setembro, "colocariam fogo nele vivo em praça pública". "Bora galera, vamos reagir contra esses paus no c* do sistema corrompido, esses vermes", afirma o comentário publicado no Facebook. [Todas as postagens deste texto estão reproduzidas como no ofício, com a omissão dos palavrões.]

Segundo Trevisan, as "ameaças, calúnias, ofensas, incitações à violência e manifestações de apologia ao crime" publicadas na rede social foram os motivos que fizeram a Prefeitura a cancelar o desfile, o que também acabou por impedir a participação do Exército Brasileiro, representado pelo Tiro de Guerra de Piracicaba.

"Ficou claro que o direito de ir e vir das pessoas e autoridades, principalmente o Exército Brasileiro (TG Piracicaba), foi violado com o cancelamento do desfile de Sete de Setembro na cidade", diz o vereador, ao acrescentar que, como representante do Poder Legislativo no município, "não pode se calar diante do que pessoas ligadas aos movimentos Black Bloc e Reaja Piracicaba têm postado no Facebook".

Trevisan observa que a decisão pelo cancelamento do desfile em Piracicaba "visou proteger a integridade física" das pessoas que participariam do desfile ou apenas os acompanhariam. "É extremamente grave a situação, pois, se os órgãos públicos deixam de realizar um evento cívico nacional acuados por apologias ao crime e ameaças, imagine o cidadão comum. Assim, não é possível acreditar que não haja resposta do governo federal, do Estado e do município contra essas pessoas", conclui Trevisan.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Câmara Laércio Trevisan Jr

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