14 de setembro de 2018
André Bandeira defende criação do Fórum Permanente do Cooperativismo
O Fórum deverá estabelecer um canal permanente de diálogo, com o objetivo de fortalecer a cultura cooperativista em Piracicaba, com destaque à responsabilidade social.
"Mais que um modelo de negócios, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo. Tudo começa quando pessoas se juntam em torno de um mesmo objetivo, em uma organização onde todos são donos do próprio negócio. E continua com um ciclo que traz ganhos para as pessoas, para o país e para o planeta".
Com este pensamento, o segundo secretário da Mesa Diretora, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, André Bandeira (PSDB) apresenta o projeto de decreto legislativo 57/2018, que dispõe sobre a instituição do “Fórum Permanente do Cooperativismo”, tendo como objetivo debater temas como intercooperação e cooperativismo, gestão, inovação e responsabilidade social.
O projeto de decreto legislativo deu entrada na 52ª reunião ordinária de ontem (13), devendo seguir para análise das comissões internas da Câmara. O Fórum também servirá para promover a troca de experiências e ideias sobre o tema, discutir avanços, abrir espaço aos profissionais ligados à área para palestras, proporcionar às novas gerações a oportunidade de conhecer a cultura cooperativista.
Além de viabilizar projetos que integram a intercooperação e cooperativismo, no desenvolvimento de ações para fortalecer o cooperativismo. A Câmara de Vereadores poderá firmar parcerias ou convênios com as cooperativas, empresas privadas, associações e entidades, para a obtenção de recursos, materiais e estrutura para a realização das atividades.
As reuniões do Fórum serão públicas e ocorrerão periodicamente, nas datas e locais estabelecidos. A coordenação do Fórum será exercida pelo vereador proponente que se responsabilizará pela promoção de encontros periódicos para desenvolvimento das atividades afetas às suas finalidades.
O Fórum poderá, sempre que necessário, convidar para participar das discussões, representantes de entidades da administração pública direta ou indireta, em todos os âmbitos e dos Poderes Legislativo e Judiciário e de outras instituições públicas e privadas.
As despesas decorrentes da execução deste decreto legislativo correrão por conta das dotações orçamentárias n° 01.031.0001.2373 – 3.3.90.30 – Material de Consumo, 3.3.90.39 Outros Serviços Terceirizados, de Pessoa Jurídica e 3.1.90.16 – Outras Despesas Variáveis Pessoa Civil, constantes para o exercício de 2018 e suas respectivas para os exercícios seguintes, suplementadas se necessário.
Na justificativa do projeto, o vereador André Bandeira também reconhece que cabe a quatro países europeus o mérito de abrigarem as primeiras sociedades cooperativas modernas, inspiradas nos princípios de solidariedade e na busca de se criar um sistema a serviço do homem: Inglaterra, França, Suíça e Alemanha.
O cooperativismo ganha corpo, se espalha por todo o continente, com contribuições das mais diversas ordens: surgem novas formas de associação, tais como o cooperativismo industrial, consumo, habitacional, agrícola, educacional, de crédito, de trabalho médico, entre outras.
O último Censo Global do Cooperativismo, realizado pela ONU, apontou a existência de mais de 2,6 milhões de cooperativas em todo o mundo, somando mais de 1 bilhão de membros e clientes. O estudo também indica mais de 12,6 milhões de postos de trabalho gerados por empreendimentos cooperativos. Se as 300 maiores cooperativas do mundo fossem um país, seriam a 9ª economia do mundo, 1 em cada 7 pessoas no mundo são associadas a cooperativa. Segundo a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras (2017), 48% de tudo que é produzido no campo passa por uma cooperativa.
Entre os ramos cooperativos, as agropecuárias são as que mais se destacam em número de cooperativas (mais de 1 milhão), as cooperativas agropecuárias foram responsáveis por um montante de US$ 5,34 bilhões das exportações em 2017, enquanto as cooperativas financeiras são as que reúnem maior quantidade de membros (mais de 700 milhões).
Na França, estão três das maiores cooperativas mundiais: a maior cooperativa financeira do mundo, a maior de consumo e a maior de viagens e turismo. A maior cooperativa industrial é da vizinha Espanha. Já a maior cooperativa de seguros global é norte-americana. Enquanto a República da Coréia tem a maior cooperativa agrícola do mundo. E o Brasil também se destaca no ranking, com a maior cooperativa social (de saúde) do planeta, a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas Unimed do Brasil.
O envolvimento entre as cooperativas de Piracicaba começou em 2001, três anos após a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP. A partir de então, as cooperativas foram convidadas a realizar ações em conjunto, surgindo o ideal de intercooperação e de preocupação junto à sociedade, envolvendo apresentações culturais, cursos nas cooperativas, ações esportivas, ações de conscientização ambiental, o “Dia C do Cooperar” e outras preocupações com a comunidade.
"O cooperativismo, onde é praticado, tem ajudado a tornar nosso país numa nação mais desenvolvida e socialmente mais justa. Segmentado em 13 ramos, o cooperativismo brasileiro avança, registrando crescimento constante. Os números comprovam a importância das cooperativas no cenário nacional", concluiu o parlamentar na defesa do projeto de decreto legislativo.
Texto:
Martim Vieira - MTB 21.939
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