12 DE JANEIRO DE 2022
Segundo entidade que mantém o albergue, governo municipal alega baixa ocupação para justificar rompimento do convênio.
Um manifesto à população está sendo divulgado pelo Núcleo Espírita Vicente de Paula, gestor do Albergue Noturno, contestando as informações prestadas pelo governo municipal, sobre a justificativa para o encerramento do convênio, que mantinha a entidade funcionando há 73 anos.
De acordo com o vereador Pedro Kawai (PSDB), que na manhã da última terça-feira (11) foi convidado a participar de uma reunião na entidade, em 2021 foram 4.100 pernoites, o que representa, de acordo com o Núcleo Espírita, 11,3 atendimentos/dia, quase três vezes o que a prefeitura informou.
No documento, a entidade afirma que informações equivocadas e “sem fundamento” sobre o número de atendimentos realizados, estão “comprometendo e desmerecendo a imagem e o trabalho da entidade e de seus diretores”. A referência é sobre a justificativa apresentada pelo atual governo, de que a entidade atende a apenas quatro migrantes por dia, como forma de para validar o rompimento do contrato.
O parlamentar conta que os gestores da entidade relataram que, durante a “Operação Inverno”, o Albergue recebe, por noite, uma média de 30 moradores de rua e migrantes. “É mais um equívoco que a administração municipal comete, sem apresentar uma proposta, uma alternativa para não desamparar as entidades assistenciais da cidade”, comentou Kawai. Ele disse que o acolhimento a pessoas em situação de rua, migrantes, mulheres vítimas de violência doméstica e peregrinos não pode ser o mesmo, afinal “são casos que possuem suas características próprias e formas de abordagem diferenciadas”.
No Albergue, contam os gestores, “o acolhimento vai além de uma refeição, cama limpa e banho. Eles são encaminhados para as suas famílias, através de passagens cedidas”, relatam.