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15 DE JANEIRO DE 2021

Secretário quer 'campanha agressiva' para alertar sobre momento grave


"Não vamos sair dessa pandemia se não tivermos o apoio da população; podemos ter os melhores planos para a saúde, a maior quantidade de leitos, que vai colapsar", disse.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Vereadores fizeram questionamentos em reunião nesta sexta-feira, no salão nobre



Festas clandestinas e estabelecimentos cuja abertura está limitada pela classificação de Piracicaba no Plano São Paulo motivaram perguntas dos vereadores Gustavo Pompeo e André Bandeira. O secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano, citou a reunião realizada no Centro Cívico com as polícias Militar e Civil, a Guarda Civil Municipal e agentes de vigilância em saúde "para enrijecer as condutas em relação aos locais que não estão respeitando as restrições". Sobre as festas clandestinas, o secretário disse que os setores de inteligência das forças de segurança que atuam na cidade "já estão entrando no circuito para poder se antecipar" a elas e impedir que ocorram.

De acordo com Filemon, o foco da força-tarefa montada pelo prefeito Luciano Almeida são os estabelecimentos que seguem descumprindo as normas mesmo já tendo sido notificados, multados e até interditados durante a crise gerada pela Covid-19. "Vai ter a ação no local e depois as sanções administrativas, em que os estabelecimentos serão levados ao Ministério Público e poderão ter cassada a licença de funcionamento até o fim da pandemia. Não vamos fazer nenhum comunicado a essas pessoas, pois desde março todos sabem as medidas que devem ser tomadas."

Cobrada pela vereadora Rai de Almeida, uma campanha massiva deve ser promovida pela Prefeitura, conforme mencionou Filemon, para alertar sobre o momento crítico atual. "Estamos terminando de montar a estratégia para começar a divulgar. Queremos fazer uma publicidade mais agressiva para a população entender a gravidade que estamos passando. Só quem está entendendo são as pessoas que estão perdendo entes queridos. Não vamos sair dessa pandemia se não tivermos o apoio da população; podemos ter os melhores planos para a saúde, a maior quantidade de leitos, que vai colapsar", declarou o secretário.

O sub-secretário municipal de Saúde, Augusto Muzilli Júnior, reforçou que uma das maiores preocupações do momento "são os jovens, que acham que a doença não existe". "Hoje o idoso está sendo contaminado pelo jovem, que vai aos barzinhos, à conveniência do posto", apontou Muzilli, que fez um apelo: "Parem com aglomerações desnecessárias! As festas esperam, a vida não espera".

A possibilidade de o agravamento da situação restringir a circulação das pessoas e o funcionamento de comércios e serviços também foi colocada em discussão. O vereador Laércio Trevisan Júnior defendeu o "princípio da razoabilidade" para que seja permitida a abertura de bares e restaurantes, a fim de preservar empregos. A vereadora Silvia Morales, do Mandato Coletivo A Cidade É Sua, indagou se a Prefeitura cogita adotar o lockdown "em algum momento" caso a previsão do governo do Estado para fevereiro venha a se concretizar. Segundo o sub-secretário de Saúde, os esforços do Executivo são para "não chegarmos a isso". "A ideia é reverter, por isso estamos correndo."

A reunião com a participação de Filemon e Muzilli, nesta sexta-feira (15), no salão nobre da Câmara, teve a presença das vereadoras Alessandra Bellucci (REP), Ana Pavão (PL), Rai de Almeida (PT) e Silvia Morales (PV) e dos vereadores André Bandeira (PSDB), Anilton Rissato (PAT), Cássio Luiz Barbosa (PL), Fabrício Polezi (PAT), Gilmar Rotta (CID), Gustavo Pompeo (Avante), Josef Borges (SD), Laércio Trevisan Jr. (PL), Paulo Camolesi (PDT), Pedro Kawai (PSDB), Thiago Ribeiro (PSC) e Wagner Oliveira (CID), além da assessoria de Acácio Godoy (PP).

 

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Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


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