
05 DE OUTUBRO DE 2017
Equipe do Departamento de Documentação e Arquivo irá inventariar quadros e esculturas
Material está acondicionado em sala climatizada e em condições adequadas
Mapear, catalogar, inventariar, conservar e restaurar são procedimentos comuns aos profissionais que lidam diariamente com acervos de obras de arte em instituições culturais e, que agora, passam a fazer parte da rotina da equipe do Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, movida pelo desafio de cumprir todas estas etapas para as pinturas e trabalhos em outros formatos que integram o acervo da Casa de Leis.
Desde 1977, a Câmara recebe obras dos salões de Belas Artes (SBA) e Arte Contemporânea (SAC), por meio de prêmios-aquisitivos, previstos na lei 2.261/1976. No caso do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o Prêmio Aquisição Câmara de Vereadores foi instituído pela lei 5.427/2004, na modalidade caricatura.
As obras, no decorrer dos anos, passaram a ocupar as paredes dos corredores da Câmara, gabinetes dos vereadores e departamentos. Mesmo bem conservado, o material nunca passou por análise técnica sobre a necessidade de reparo, trabalho que em breve terá início, após a equipe do Departamento de Documentação fazer o inventário.
“A intenção de reunir as obras é fazer primeiro o inventário, depois a sua catalogação, em que constarão, entre outras coisas, o nome do artista e da obra, a técnica utilizada e o ano do prêmio. Nesse processo, veremos quais obras precisam de reparo, o que será feito numa etapa posterior”, declara o diretor do departamento, Fábio Bragança.
Em formatos e suportes distintos, como esculturas e quadros em óleo sobre tela, acrílico, aquarela, tapeçaria e papel, as obras estão acondicionadas em uma sala especial, sob a guarda do Departamento. Elas foram embaladas. O ambiente também é seguro, climatizado, sem umidade.
Para cumprir esse processo de maneira adequada, os profissionais da Pinacoteca Municipal Miguel Dutra foram consultados e apresentaram os procedimentos à equipe da Câmara, além de visitarem a Casa para analisar as obras. “A princípio queríamos enviar o acervo para a Pinacoteca, que possui os traineis para quadros, mas como o volume de obras é muito grande, não haveria capacidade para abrigá-los.”
A estimativa é que a etapa inicial de análise das mais de 100 obras consuma dois meses de trabalho e, depois disso, as que estiverem em bom estado de conservação serão redistribuídas para os ambientes da Câmara. Para isso, também será feito um estudo das dimensões das obras e os espaços que melhor cumprem as especificações técnicas para recebe-las.
“Hoje, a preocupação com o patrimônio artístico e a consciência de sua importância já é maior, o que não acontecia no passado. Assim, nosso trabalho é o de democratizar e valorizar o acervo mantido pela Câmara, que é a responsável pela preservação de sua coleção, pressupondo a guarda e a segurança, como também em disponibilizá-lo para pesquisa e apreciação estética, por meio de exposições”, diz Bragança.