A vereadora Nancy Thame (PSDB) ocupou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (10), na 26ª reunião ordinária, para apresentar detalhes sobre a Rede Ação Política pela Sustentabilidade, que trabalha com movimentos suprapartidários e novos políticos com a filosofia de que é preciso empreender na política por um Brasil sustentável.

Nancy esteve na capital paulista nesta quinta para participar de um encontro da rede, que nasceu em 2011 e teve suas ações intensificadas a partir de 2015. Durante o evento, ela pode falar sobre o tema equidade de gênero.

No quesito empoderamento feminino, Nancy lembrou que as mulheres são apenas 12% nas câmaras municipais de todo o país. Além disso, 24% dos parlamentos não possuem representatividade feminina. No Congresso Nacional, a taxa é de 10%, enquanto, nos cargos de prefeitas, apenas 11% no Brasil. "Nós somos um pouco mais da metade da população e nossa voz faz falta."

Para ilustrar a forma como a participação da mulher na política é vista nos dias atuais, Nancy usou de exemplos históricos. "A Cleópata teve uma ação política impressionante e todos falam que é a devassa. A Elizabeth I, rainha com maior tempo e que transformou a Inglaterra, é tida como a virgem, por não ter se casado. A Marquesa de Santos é a amante. Mas essas mulheres tiveram ações políticas impressionantes."

Nancy fez um paralelo à filosofia da Rede Ação Política pela Sustentabilidade ao que foi dito, na própria Câmara, sobre as mudanças tecnológicas, a primeira por Vitor Pires Vencovsky, da Atepi (Associação das Empresas de Tecnologia de Piracicaba), e depois por Everton da Silva Ferreira, integrante da Comissão de Taxistas de Piracicaba.

"A política também mudou. Não foi apenas o sistema do táxi ou o que o senhor Vitor trouxe a esta Casa, sobre ter o acesso na palma da mão. Mudou a rede da informação na política, daquela imprensa que era só escrita ou pela TV, em que se podia controlar o que era ou não notícia", reforçou a vereadora, ao citar, na sequência, a importância da campanha de baixo custo e mídias digitais, temas abordados nas rodas de debates da Rede Ação Política pela Sustentabilidade.

Para a vereadora, não basta ter acesso à informação, é preciso fazer uso da forma adequada, do contrário as escolhas podem ser equivocadas. "A Casa tem que estar aberta, sim: Tribuna do Popular, Escola do Legislativo, fóruns, conversa com a população nos serviços municipais. Tudo isso faz parte do momento democrático", declarou. "É um ano de muita análise, de usar a tecnologia na palma da mãe e a Casa investindo em cultura política, nas conversas divergentes e no crescimento real da democracia para a nossa cidade", finalizou Nancy, evocando o ano eleitoral e o momento de transformação.