A convite do vereador Bruno Prata (PSDB), a Divisão de Prevenção e Educação (Dipe) do Denarc trouxe a Piracicaba uma exposição itinerante com todo tipo de droga atualmente em circulação. O caminhão com as amostras, chamado de unidade móvel de ensino, esteve estacionado na frente da Câmara de Vereadores de Piracicaba nesta sexta-feira (9) para que a população visse de perto drogas como maconha, cocaína, crack, óxi, heroína e LSD, além de utensílios usados por quem as consome.

"O Denarc, da Polícia Civil, gentilmente veio aqui para fazer essa demonstração. Às vezes, as crianças chegam da escola com algo diferente na mochila, alguma coisa no bolso, e os pais não sabem o que é. Conhecer as drogas com certeza vai ajudar muito a prevenir, a tomar consciência do que elas são. Quanto mais as pessoas conhecerem, mais aptas elas ficarão para se prevenir", afirmou Prata.

A opinião do vereador é compartilhada por Analberto Corrêa, investigador do Denarc há 24 anos, que esteve em Piracicaba acompanhando a exposição itinerante. "O caminhão complementa o curso que damos sobre drogas. A pessoa às vezes ouve falar da droga, mas não a conhece. Mesmo a maconha, que é muito falada, tem muito pai que não conhece, nunca viu", disse Corrêa.

De acordo com Prata, a iniciativa do Denarc também serve para conscientizar a população sobre a abrangência que o termo "drogas" deve ter. "Quando se fala em drogas, as pessoas imaginam o crack, a maconha e a cocaína, mas as drogas são também os remédios, o cigarro e o álcool, que é a porta de entrada para todas as outras", observou o parlamentar.

Segundo Prata, as ações promovidas pelo Denarc, por meio da exposição e de palestras, mostram a necessidade de buscar meios alternativos para o tratamento de dependentes químicos. "Como não existe remédio [contra as drogas], temos que procurar alternativas para diminuir essa praga que hoje infesta toda a sociedade. E os caminhos são a família, a espiritualidade, o convívio, a reinserção social. Tudo isso tem que ser trabalhado para que a pessoa possa ficar com a doença estacionada e levar uma vida normal, sabendo que não pode mais usar produtos químicos", comentou o vereador.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Fabrice Desmonts / MTB 22.946