18 DE MARÇO DE 2016
Moção de autoria do vereador Carlos Gomes pede aprovação de projeto de lei
A substância pode ser significativa para cura do câncer, segundo o vereador Capitão Gomes
A Câmara de Vereadores de Piracicaba apela ao Senado Federal para que seja aprovado o projeto de lei que permite a fabricação, distribuição e o uso da “pílula do câncer”. A moção de apelo 58/2016, que será entregue ao presidente Renan Calheiros (PMDB), foi apresentada pelo vereador Capitão Gomes (PP) e aprovada pelo plenário, durante a 13ª reunião ordinária, desta quinta-feira (17).
Conforme justifica o vereador, a substância chamada Fosfoetanolamina Sintética é estudada há mais de duas décadas pelo professor e pesquisador da USP São Carlos (Universidade de São Paulo, do campus São Carlos), Gilberto Orivaldo Chierice.
Ainda segundo Gomes, a substância pode ser significativa para cura do câncer, já que ela imita uma substância presente no organismo e sinaliza o sistema imunológico para retirada das células cancerosas. “Vários pacientes tiveram conhecimento desses estudos e entraram com uma ação na Justiça para conseguir a liberação das cápsulas, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) comunicou que ainda não identificou qualquer processo formal, nem se quer por parte de qualquer instituição de pesquisa”, alega o vereador.
Amparados por decisão judicial, o vereador explica que cada paciente recebe 60 cápsulas por liminar, quantidade suficiente para até 20 dias de tratamento. “A USP informou que esta substância 'não era remédio' e que 'exploradores oportunistas' fazem propaganda da droga”, ressalta Gomes.
Capitão Gomes afirma que devido ao grande número de interessados pela substância a universidade divulgou uma nota alegando que “não é indústria química ou farmacêutica e não tem condições de atender demanda em larga escala”.
Diz ainda, que a universidade investiga a denúncia de que funcionários estariam divulgando informações incorretas. Caso a denúncia seja confirmada, a instituição abrirá um processo no Ministério Público contra os profissionais.