O vereador Ary Pedroso Jr. (SD) informou durante a 4^a reunião ordinária, na noite desta quinta-feira (15), que a Prefeitura de Piracicaba prepara um relatório sobre o pagamento de R$ 5 milhões referentes à divida da Administração Municipal com a Santa Casa de Misericórdia. “É com grata satisfação que a gente comunica e agradece ao nosso prefeito municipal (Barjas Negri)”, disse Pedroso Jr, ao pedir Pela Ordem. 

No ano passado, a Santa Casa chegou a suspender por cerca de dois meses as cirurgias eletivas (com hora marcada e consideradas não urgentes) por conta da dívida do poder público. Em um acordo com o poder público, que pagou R$ 1,4 milhão (com parte dos recursos oriundo da Câmara de Vereadores de Piracicaba), o hospital retornou ao atendimento, mas ainda restam R$ 17 milhões a serem pagos. 

A preocupação do Legislativo piracicabano levou à formação do Fórum Regional Pró-Saúde, colegiado em que reúne parlamentares da cidade e região com o objetivo de ampliar a atuação política para fiscalizar as situações do atendimento e, ao mesmo tempo, lutar por mais recursos para atender o setor. 

Ainda na reunião ordinária desta quinta-feira (15), o vereador José Aparecido Longatto (PSDB), líder do governo na Câmara, disse que recebeu do prefeito Barjas Negri a garantia de que será encaminhada a propositura para que o dinheiro possa ser repassado ao hospital e diminuir a dívida com a Municipalidade. 

Já o vereador Lair Braga (SD) destacou que o prefeito “cumpre com a palavra”, ao lembrar que, no ano passado, o chefe do Executivo havia prometido que, ainda no começo do ano, encaminharia a proposta para pagamento da dívida com a Santa Casa. “Um homem, quando cumpre a palavra, é digno de confiança”, disse.

OFÍCIO - No início de janeiro, o presidente da Câmara, Matheus Erler (PTB), remeteu ofício ao prefeito Barjas Negri em que questionou o destino dos R$ 2.782.590,31 devolvidos ao caixa geral da Prefeitura em 26 de dezembro de 2017. A preocupação é obter informações oficiais sobre a decisão do prefeito quanto ao pedido unânime dos 23 vereadores de destinação dos recursos aos hospitais que atendem via SUS (Sistema Único de Saúde).

Durante o ano passado, a Câmara se dispôs a contribuir com um dos problemas mais graves do município, que é a gestão da saúde. Matheus Erler pontuou que no orçamento de 2018, a Casa abriu mão, já na origem, de quase R$ 10 milhões que a Lei Orgânica lhe garante. “Parte destes recursos foi atribuída às ações ligadas à saúde”, disse.