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31 DE MARÇO DE 2022

Vereadores enaltecem atuação de servidores e direito à mobilização


Movimento que anuncia greve, a partir desta sexta-feira (1º), foi tema de discursos durante a 9ª reunião ordinária da Câmara.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Vereadores usaram o espaço de 5 minutos aos oradores para falar da greve dos servidores






A mobilização dos servidores públicos municipais, que anunciaram uma greve no Município a partir desta sexta-feira (1º), foi destacada por diversos parlamentares durante a 9ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, na noite desta quinta-feira (31). Em campanha salarial, a categoria pede reposição salarial de 21%, percentual que representa o acumulado dos últimos três períodos de data-base (2019-2020, 2020-2021 e 2021-2022).

As intervenções dos vereadores foram durante o espaço de cinco minutos destinado aos oradores. Rai de Almeida (PT) foi a primeira a falar. “O senhor prefeito não atendeu às negociações, tendo apresentado uma proposta dividida por um longo período”, disse, ao lembrar que, na última proposta de Luciano Almeida, ele sugere repartir o índice em duas parcelas em 2022, outra em 2023 e mais um último valor residual em 2024. “O movimento é legítimo e quer recuperar as perdas deste período”, disse a parlamentar.

“Estamos ao lado do funcionalismo”, assegurou a vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade É Sua”. Ela lembra que a categoria “segurou o piano” durante o pandemia, tendo sido fundamental no funcionamento das unidades de saúde. “A greve é uma situação para todos, por isso pedimos para que se chegue a um acordo”, disse.

O vereador Thiago Ribeiro (PSC) defendeu o direito do trabalhador e lembrou que a Mesa Diretora da Câmara abriu um diálogo com os servidores da Casa. “Eu acho que falta diálogo do Executivo com os servidores, por isso defendo a causa do servidor”, disse.

O vereador Wagner Oliveira, o Wagnão (Cidadania), lembrou que sua esposa também é servidora pública, “então, posso dizer que sentimos na pele essas perdas”, lembrou. “Não torço para que haja uma greve, porque vai trazer transtornos, mas é um movimento que é de direito, está na Constituição Federal”, destacou.

Vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, o vereador Acácio Godoy (PP) também declarou seu apoio ao funcionalismo público de Piracicaba na busca do que avaliou como “devidas reposições salariais”, disse. “Eu torço para que as negociações sejam retomadas e cheguem a um bom termo”, enfatizou o parlamentar.

Ao fazer um reconhecimento do papel do servidor no município, o vereador Ary Pedroso Jr. (Solidariedade) lembrou que todo cidadão que precisa de saúde, educação, segurança, precisa do trabalho de um funcionário público. “Quero manifestar meu apoio, essa greve é justa e o aumento salarial é necessário para corrigir a inflação”, esclareceu.

O vereador Cássio Luiz Barbosa, o Cássio “Fala Pira” (PL), salientou que “ainda vivemos em uma Democracia” para rechaçar qualquer tentativa de impedir o movimento grevista. “Eles (servidores) não estão pedindo aumento, estão querendo reajustes, são pais e mães de famílias, trabalhadores que carregaram essa pandemia nas costas”, disse.

“Estou do lado do funcionalismo”, enfatizou Zezinho Pereira (Democratas), que também é servidor público. “O que estiver nas condições deste vereador fazer, estarei à disposição”, esclareceu, ao mostrar receio para os rumos que um movimento desta natureza pode tomar. “A gente não sabe qual vai ser o encaminhamento”, disse.

O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) também deixou seu apoio à paralisação dos servidores e lembrou que, na campanha salarial, “o que cabe é a decisão da categoria”, disse, ao destacar que o papel da Câmara será votar o projeto que for encaminhado após definir o índice para reajuste salarial. 

O vereador Paulo Campos (Podemos) lembrou que “somos todos respaldados pela Constituição” e defendeu o direito pela paralisação e busca de reposição salarial. “Meu apoio aos servidores e sei que quase a totalidade da população depende do trabalho de um serviço público”, disse. “O funcionário está disposto a negociar”, esclareceu.

Em uma crítica direta ao prefeito, o vereador Pedro Kawai (PSDB) disse que o governo insiste em governar olhando para o retrovisor, destacou, ao lembrar artigo do chefe do Executivo em que aponta outros anos em que não houve reposição. “Já são 15 meses de governo e ele não tem coragem de sentar e negociar”, disse. Kawai destacou que, ao assumir a gestão pública, a nova administração assume os ônus e bônus da Prefeitura.

Os vereadores Gustavo Pompeo (Avante) e Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB), também defenderam o direito dos servidores públicos municipais em se mobilizar. “Respeito a greve, quem adere e quem não adere”, disse Pompeo. “Eu acho legítima (a paralisação) e entendo que faz muito tempo que precisa resolver essa situação”, acrescentou Relinho.

Líder de governo na Câmara, o vereador Josef Borges (Solidariedade) também defendeu o direito à greve, e questionou porque, em outros anos, mesmo com reposições salariais menores, não houve movimento de paralisação. “Em 2018, foi apenas 2,32% e não houve; em 2019, foi 3,90% e não houve, mas agora, com 14,04%, e vai haver greve”, criticou.

PAUTA DA ORDEM DO DIA - Durante a 9ª reunião ordinária da Câmara, foram aprovados, em discussão única, o projeto de decreto legislativo 6/2022; o projeto de resolução 4/2022; e os requerimentos 239/2022, 241/2022, 242/2022, 244/2022, 245/2022, além das proposituras em regime de urgência, 252/2022 e 258/2022. Em segunda discussão, foi aprovado o projeto de lei 36/202, e, em primeira discussão, os projetos de lei 215/2021, 229/2021, 232/2021, 239/2021, 257/2021, 15/2022, 24/2022, 48/2022, 49/2022 e 51/2022.

 



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


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