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16 DE JUNHO DE 2011

Vereador quer Farmácia Popular e mais um curso da USP em Piracicaba


O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) foi à tribuna, durante reunião ordinária nesta quinta-feira, cobrar a abertura de uma Farmácia Popular do Brasil em Piracica (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) foi à tribuna, durante reunião ordinária na noite desta quinta-feira (16), cobrar a abertura de uma Farmácia Popular do Brasil em Piracicaba. No último dia 2, o parlamentar visitou a unidade instalada em Santa Bárbara D’Oeste, que comercializa com descontos de até 90 por cento 107 medicamentos subsidiados pelo governo federal. "Funciona perfeitamente, dentro de uma estrutura mínima", comentou Trevisan, sobre o atendimento prestado por quatro farmacêuticos e um auxiliar. "Até a classe média usaria esse sistema", completou.

Trevisan, que já encaminhou requerimento ao Executivo abordando o tema, questionou o fato de Piracicaba ainda não contar com uma Farmácia Popular do Brasil. "É porque não se tem interesse em ter. Se tivermos uma, a população mais carente iria usar esses remédios", disse o parlamentar. "Farmácia é o maior lucro nesta cidade, porque dá muito dinheiro. E o povo que se lasque."

O vereador criticou o prefeito Barjas Negri (PSDB) por privilegiar obras em detrimento do "planejamento social". "Quando votei nessa administração, acreditava que a saúde fosse prioridade, e não foi. E fico tranquilo de dizer que votei duas vezes no prefeito." Trevisan ainda destacou reportagem veiculada em jornal local que apontou a diminuição do número de leitos disponíveis nos hospitais da cidade. "Em vez de melhorar, Piracicaba piorou", comentou o vereador.

ESALQ, XV E PRESÍDIO
Ao usar a tribuna, Trevisan ainda abordou outros três temas: a criação de um novo curso na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), o estado de conservação do Barão da Serra Negra e a possibilidade de a cidade receber outro presídio.

O vereador esteve nesta quinta-feira na capital paulista para conversar com o reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas, sobre a viabilidade de a Esalq passar a oferecer o curso de administração de empresas. O pedido já havia sido tema, tempos atrás, de moção de apelo encaminhada pelo parlamentar à instituição.

Trevisan também aproveitou a ida à tribuna para exibir, no telão, fotos da terceira vistoria que fez no estádio Barão da Serra Negra só neste ano. Ele constatou que, embora algumas melhorias tenham sido executadas (poda de árvores, reboco das paredes externas, colocação de assento nos vestiários), a maioria de suas reivindicações ainda não foi atendida pela Prefeitura.

Entre os problemas que persistem, Trevisan listou os entulhos que se acumulam nos portões do estádio, a ausência de vidros nas janelas, a falta de pintura, as condições do vestiário destinado aos árbitros, a falta de fechadura no alojamento dos jogadores e a condição precária da lavanderia. Além disso, uma das televisões instaladas no local não funciona e os colchões usados pelos atletas das categorias de base ainda não foram trocados, apesar de estarem esfarelando. "Queria que isso mudasse, pois é muito simples de resolver", afirmou o vereador.

Por fim, Trevisan manifestou preocupação com a possibilidade de Piracicaba receber outro presídio. "Se a informação proceder, é o fim da cidade. Vamos virar uma Hortolândia", afirmou o parlamentar, que citou o Centro de Detenção Provisória para explicar seu temor. "Está aí o "Cadeião". Prometia 524 vagas, hoje temos 1.522 detentos. Aqueles que prometeram uma ilusão, está aí ele hoje, com duas vezes mais presos", disse Trevisan, para quem a possível instalação de um novo presídio vai servir para que sejam transferidos para Piracicaba criminosos de outras cidades e "bandidos de alta periculosidade, que estupram e matam".

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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