
11 DE DEZEMBRO DE 2009
O vereador Walter Ferreira da Silva, o Pira (PPS) enviará Indicação ao prefeito Barjas Negri (PSDB), sugerindo intervenção da Secretaria Municipal de Trânsito para (...)
O vereador Walter Ferreira da Silva, o Pira (PPS) enviará Indicação ao prefeito Barjas Negri (PSDB), sugerindo intervenção da Secretaria Municipal de Trânsito para o disciplinamento da circulação e estaciomanento de veículos automotores no entorno da Igreja de São Benedito. O pedido atende a insatisfação da população em geral, especialmente devotos de São Benedito que encontram dificuldades no dia-a-dia ao utilizar as dependências da Igreja, tendo que disputar o espaço físico com veículos nas calçadas, o que impossibilita a livre circulação de pedestres.
O Provedor da Irmandade de São Benedito, José Mariano (74), reforça a preocupação do vereador Pira em atender o pedido da comunidade. "As imediações da Igreja virou terra de ninguém. Só não colocam carros dentro da Igreja porque não passa na porta. O ideal seria a colocação de grades na frente da Igreja, ou a criação de um jardim que pudesse acolher as pessoas e, não transformar este campo santo num verdadeiro estacionamento a céu-aberto".
História
José Mariano entende que o poder público deveria cuidar melhor do patrimônio cultural e religioso de Piracicaba, principalmente do histórico que envolve a Irmandade de São Benedito, num período que remonta a criação de Piracicaba.
A consideração é que no Brasil, o primeiro culto a São Benedito iniciou-se na Bahia, em 1686 e, em Piracicaba, por volta de 1730, totalizando 273 anos, o que torna a reverência a São Benedito, ou à Irmandade dos Homens Pretos anterior à formação de Piracicaba, nos seus 243 anos. "Isto demonstra que a entidade é 31 mais velha que a própria cidade de Piracicaba", relata o Provedor.
José Mariano também informa que relatos históricos dão conta que o primeiro batizado de um negro em Piracicaba aconteceu na São Benedito, quando a cidade tinha 22 anos, onde foi batizada a primeira filha de escravos, uma vez que antes disso o negro não era batizado, era visto como um bicho", disse.
Fotos e texto: Martim Vieira Mtb 21.939