
06 DE DEZEMBRO DE 2010
Ronaldo Almeida de Xangô, do Movimento em Defesa da Liberdade Religiosa, em nome da Tenda de Umbanda Pai Joaquim, ocupou a Tribuna Popular, da Câmara de Vereadores (...)
Ronaldo Almeida de Xangô, do Movimento em Defesa da Liberdade Religiosa, em nome da Tenda de Umbanda Pai Joaquim, ocupou a Tribuna Popular, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na reunião ordinária de hoje (06/12/10) para pedir que os vereadores acatem o veto do prefeito municipal, em projeto de lei que proíbe animais em cultos religiosos. Ronaldo falou da consulta a cada vereador e, da aprovação do Código Estadual Florestal, em 2003, do Rio Grande do Sul, que contou com a atuação de Dr. Hédio Silva Júnior, ex-secretário de Justiça da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, com destaque à questão religiosa, que na condição de advogado mostrou a inconstitucionalidade da lei gaúcha.
O apelo é no acatamento do veto do prefeito em função dele ser constitucional. Ronaldo citou a elaboração de carta aberta, do movimento em defesa da liberdade religiosa, que reforça movimento de Brasília, que protocolou representação junto ao Ministério Público Federal.
Ronaldo destacou o dia 10 de dezembro, dia estadual da intolerência religiosa. E, discorreu sobre a dimensão nacional que o projeto do vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) provocou no país. Lembrou que o código florestal do Rio Grande do Sul foi derrubado em função de ser inconstitucional. Ronaldo defendeu a realização de um senso, para saber quem comete absurdos contra os animais.
Segundo Ronaldo, nos cultos realizados por sua entidade, na imolação dos animais não há sofrimento, destinado para consumo. Disse que nada do que foi mostrado se diz respeito às religiões de matriz africana. Citou a existência de cemitério de Diadema e Carapicuiba, que contam com locais específicos para religiões de matriz africana poder fazer suas oferendas, em espaço destinado pelo poder público.
Ronaldo disse que há pastores evangélicos que defendem a manutenção do veto. Disse que a ementa do projeto proíbe o uso de sacrifício de animais, o que se for levar ao pé da letra, pode comprometer até a realização do espetáculo A Paixão de Cristo; a pombinha branca da Festa do Divino; a benção de São Francisco de Assis, com relação aos animais. Além de outras manifestações religiosas tradicionais, que já estão enraizadas na cultura local. "Não é agora que Piracicaba está sabendo da existência de umbanda e candomblé, no mínimo há 30 anos. Somos a favor da punição para quem maltrata animais", disse.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946