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30 DE ABRIL DE 2021

Reunião encerra atividades do mês de conscientização do autismo


André Bandeira conversou com entidades em evento on-line para tratar da proposta que prevê sessões de cinema adaptadas para pessoas com transtorno do espectro autista.



EM PIRACICABA (SP)  

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Encerrando as atividades do "Abril Azul", mês de conscientização do autismo, o vereador André Bandeira (PSDB) promoveu reunião on-line na tarde desta sexta-feira (30) com várias entidades, associações e conselhos do município e do Estado, além de profissionais da área, para tratar da proposta que prevê a realização de sessões de cinema adaptadas para pessoas com transtorno do espectro autista e suas famílias. O projeto de lei 11/2020, de autoria do parlamentar, tramita na Câmara Municipal de Piracicaba.

A reunião, realizada via plataforma Zoom, contou com a participação de mães de pessoas com autismo; Elizângela da Silva Vieira, vice-coordenadora do Comdef (Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência); Letícia Françoso, presidente interina do Conselho Estadual do Direito da Pessoa com Deficiência; Renata Ortiz, membro da Associação Reunida; Debora Bueno, psicóloga da Auma (Associação de Pais e Amigos dos Autistas); Mirela Guerra Leone, diretora escolar que representou o Centro de Reabilitação de Piracicaba; Eliana Castro Piacentini, presidente do Instituto Autismo de Piracicaba; Glawbya Consuelo, psicopedagoga que representou a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais); Rosana Fessel e Erika Queiroz Carneiro da Cruz, respectivamente membro e presidente da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil de Piracicaba; Adriana Zink, membro da mesa diretora do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência e representante do Autismo Brasil; Michelly Basso, fonoaudióloga; e Débora Kerches, neuropediatra especialista em transtorno do espectro autista e membro da Associação Reunida.

"Sabemos que o acesso à cultura é um direito de todos, mas, na prática, muitas famílias deixam de ir ao cinema e ter um melhor convívio social porque o ambiente escuro e o som alto, entre outros pontos, podem incomodar aqueles que estão no espectro autista", disse Débora Kerches, que reiterou, durante a reunião promovida por André Bandeira, que "as questões sensoriais são especialmente implicadas quando pensamos em acessibilidade no transtorno do espectro autista.

"É assegurado por leis que as pessoas com o transtorno e, consequentemente, suas famílias experimentem o lazer em igualdade de condições. Isso prevê que, além do cinema, espaços como parques, museus, estádios, teatro e hotéis, entre outras atividades culturais e desportivas, bem como eventos sejam acessíveis a todos. Por isso, reforço que lugar de autista é em todo lugar", completou a neuropediatra, que agradeceu a oportunidade de "discutir um tema tão importante". "Aguardo ansiosamente para que as sessões de cinema adaptadas sejam colocadas em prática na cidade e que esse tema continue em pauta, para que possamos pensar em uma acessibilidade mais efetiva", acrescentou.

Rosana Fessel lamentou que seja necessário criar a obrigação legal para assegurar direitos às pessoas com espectro autista, uma vez que a Constituição Federal prega igualdade. "Somos todos iguais perante a lei. Fica contraditório termos que ter leis para que isso funcione", observou. "É muito desgastante para as famílias e profissionais terem que 'brigar' por um direito que é de todos", reforçou Glawbya Consuelo.

Renata Ortiz, da Associação Reunida, disse que "a maior parte das pessoas aceita muito bem e até se propõe a ajudar, mas, infelizmente, existe o outro lado, com pessoas que não se esforçam nada para tentar entender e aceitar a pessoa com autismo e outras deficiências".

"Gostaria de parabenizar a todos pelo comprometimento e pela dedicação e ao André Bandeira pela iniciativa da reunião e pelo acolhimento dessa demanda tão importante. Espero que seja um sucesso e que vire inspiração a outros municípios", disse Michelly Basso, sobre o projeto de lei que tramita na Câmara.

André Bandeira classificou a reunião de "muito produtiva". "Contamos com profissionais, familiares, entidades e os conselhos municipal e estadual da pessoa com deficiência. O diálogo é fundamental para conseguirmos nossos objetivos. Com cada um fazendo sua parte, a inclusão em nossa sociedade com certeza irá se ampliar a cada dia", acrescentou o vereador.

O debate em torno da proposta inicial de que as sessões de cinema sejam adaptadas para atender pessoas com autismo contou com contribuições de profissionais da área e opiniões dos participantes da reunião. Entre as sugestões de adaptações a serem feitas ao projeto de lei, está a de que as sessões sejam inclusivas e atendam não somente pessoas com autismo, mas todas que tenham deficiência. Segundo André Bandeira, as propostas serão ajustadas ao projeto de lei, que seguirá a tramitação na Câmara.



Texto:  Assessoria parlamentar
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Cidadania André Bandeira

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