
28 DE JUNHO DE 2011
A psicóloga Roseli Oliveira iniciou a sua palestra “Reinserção Social”, no segundo dia da Semana Municipal Anti-Drogas, organizada pelo vereador Bruno Prata (PSDB), (...)
A psicóloga Roseli Oliveira iniciou a sua palestra “Reinserção Social”, no segundo dia da Semana Municipal Anti-Drogas, organizada pelo vereador Bruno Prata (PSDB), indo direto ao assunto: “Não há receitas, mas vontades”. Funcionária pública há 20 anos, sendo 13 na Secretaria de Estado de Justiça e Defesa da Cidade, onde atua no Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas (Coned), Roseli destacou a necessidade do tratamento aos viciados serem focados, também, na família. “Nenhum doente cuida de outro doente, então, é preciso tratar a família, muitas vezes a causadora do problema maior do usuário”, disse.
Com especialização em “Violência Doméstica”, a representante do governo estadual fala com propriedade dos efeitos da drogadicção. Portanto, em sua visão, o estado de forma geral – “e, especialmente os municípios, porque é onde a coisa acontece”, avalia –, precisa estar preparado para atender os familiares em sua rede de proteção. “Este fluxo de funções precisa estar bem organizado, porque somente com conjunção de esforços, entre a assistência social, o setor saúde e o repressivo, com as corporações policiais”, disse.
A palestra de Roseli foi acompanha por representantes de comunidades terapêuticas, assim como de órgãos públicos do município, como a secretária municipal Maria Angélica Guércio (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – Semdes) e a Major Adriana Cristina, do Décimo Batalhão da Polícia Militar.
Para a secretária Maria Angélica, a situação no município, quanto ao fluxo da assistência social, “está bem resolvido, com alguns problemas pontuais”, no entanto, ela que acredita que o governo estadual deve atentar-se à ser um convergente entre as políticas nacionais e as necessidades dos municípios. “Temos uma estrutura, baseada no CREAS (Centro de Referência Especial de Assistência Social), e um ótimo diálogo com a Saúde”, garante Maria Angélica, ao citar as três unidades do CREAS, no Centro, Caxambu e Vila Rezende.
Ela acredita que a principal situação, neste momento, é em relação ao encaminhamento aos menores usuários de drogas. “Neste ponto, precisamos da ajuda do governo estadual, que deve, a partir do Coned, definir as diretrizes e nos indicar como devemos proceder”, explica Maria Angélica. De acordo com a Semdes, 90 por cento da população adulta usuária de drogas na cidade tem problemas, primeiramente, com álcool, e depois com as substâncias ilegais. “O álcool é o maior vilão, sem dúvida, porque é barato, encontra-se em qualquer lugar e é socialmente aceito”, destaca.
O vereador Bruno Prata (PSDB) salientou que o objetivo da Semana Municipal Anti-Drogas de “juntar as pessoas que precisam se conversar”, como salientou a respeito dos diversos atores que atuam no combate às drogas, e acredita que há muito ainda para se afinar e melhorar no combate ao problema. “Somos aventureiros de um mundo novo”, avalia o vereador.
A Semana Municipal Anti-Drogas continua até sexta-feira, 1, com palestras no período da manhã e tarde, e com curso de agentes multiplicadores, à noite, no salão nobre Helly de Campos Melges, na Câmara de Vereadores. No último dia, haverá, ainda, formatura de alunos do PROERD no ginásio municipal Waldemar Blatkauskas, programa de prevenção às drogas, desenvolvido pela Polícia Militar.
FOTO ACIMA: Roseli Oliveira durante a sua palestra no salão nobre “Helly de Campos Melges”, da Câmara de Vereadores de Piracicaba
FOTO ABAIXO: Atividades da Semana Municipal Anti-Drogas seguem até sexta-feira, 1, quando acontece formatura do PROERD
Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Fotos: Fabrice Desmonts MTb 22.946