Projeto de lei protocolado esta semana pelo vereador Gilmar Rotta (PMDB) quer proibir a disponibilização de medicamentos em bares, lanchonetes, restaurantes e salões de festas da cidade. A propositura terá entrada na primeira reunião ordinária do ano, em 2 de fevereiro.

Segundo o parlamentar, a intenção é evitar a automedicação. Dados recentes divulgados pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade apontou que 76,4% dos brasileiros adotam esta prática. Já o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas constatou, em 2003, que 28% das intoxicações foram causadas pelo uso inadequado de remédios.

Gilmar Rotta acredita que propositura sinaliza para o comprometimento com a saúde pública, pois ainda é frequente a disponibilização de comprimidos para dores de cabeça e para alívio dos sintomas de ressaca. “Geralmente o acesso a esses medicamentos, sem controle de uso, é liberado nos banheiros de bares, lanchonetes, restaurantes e salões de festas, ficando, inclusive, ao alcance das crianças”, aponta o vereador.

Na justificativa do projeto de lei, o vereador lembra que o uso incorreto ou irracional pode causar reações alérgicas, dependências e até a morte. “Quem nunca tomou um remédio sem prescrição, após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? Muitas vezes vista como solução para o alívio de alguns sintomas, a automedicação pode trazer consequências mais graves do que se imagina”, diz Gilmar Rotta.