
06 DE JUNHO DE 2011
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), Artur Henrique, esteve na noite de hoje (06) na Câmara de Vereadores de Piracicaba e defendeu a reform (...)
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), Artur Henrique, esteve na noite de hoje (06) na Câmara de Vereadores de Piracicaba e defendeu a reforma política e tributária. Parte do primeiro expediente da reunião de hoje foi suspensa a pedido do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), para que o dirigente nacional da CUT falasse sobre o posicionamento daquela central sindical.
Acompanhado do secretário de organização da CUT-Brasil, Jacy Afonso de Melo e do secretário geral da Contraf - Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Marcel Barros, o presidente da Central afirmou que a entidade que dirige representa cerca de 19 milhões de trabalhadoras e trabalhadores. Várias lideranças sindicais da cidade e região compareceram à Câmara para acompanhar o pronunciamento de Artur Henrique.
Além de questões como combate à rotatividade de mão-de-obra e redução da jornada de trabalho, o presidente da CUT afirmou que a entidade também quer discutir "o modelo de desenvolimento e o país que a gente quer". Ele criticou a regressividade da estrutura tributária que "penaliza quem ganha menos. Quem ganha menos paga mais e quem ganha mais paga menos", afirmou. Segundo Henrique, quem ganha três salários mínimos tem carga tributária de 48 por cento e quem ganha 20 salários mínimos tem uma carga menor, de 26 por cento . "Além de reduzir e simplificar os tributos, queremos a tributação do patrimônio e da renda", disse em resposta a um questionamento do vereador Bruno Prata (PSDB).
O dirigente nacional da CUT também defendeu que a reforma política inclua formas de maior participação democrática da população, além de uma rediscussão sobre o papel do Senado e que as campanhas políticas tenham financiamento público exclusivo e o número de deputados uma proporcionalidade mais justa.
Práticas Antisindicais
Artur Henrique também criticou a proliferação de entidades sindicais, que dividem sindicatos e muito pouco representam os trabalhadores. Segundo ele, cerca de 2,3 novas entidades surgem todos os dias no país.
Texto: Vitor Ribeiro Mtb 21.208
Fotos: Fabrice Desmonts Mtb 22.946