PIRACICABA, QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2024
Aumentar tamanho da letra
Página inicial  /  Webmail

02 DE JULHO DE 2020

Câmara inicia transição de sistemas e eliminação de contratos


Contratação de novos servidores via concurso público permitiu desenvolvimento de tecnologias totalmente gratuitas



EM PIRACICABA (SP)  

Salvar imagem em alta resolução

Os servidores Douglas Miranda e Alexandre Landgraf atuam na Câmara desde dezembro



A otimização de fluxos internos de trabalho da Câmara de Vereadores de Piracicaba, por meio de processos que ampliem a transparência, tem sido perseguida pelos profissionais que atuam na área da tecnologia de informação. Desde janeiro, com a criação do Plano de Desenvolvimento do Centro de Processamento de Dados, a Casa eliminou um de seus contratos com terceiros e a tendência é de que novos serviços não precisem mais ser licitados futuramente, refletindo diretamente em economia aos cofres públicos. Para o desenvolvimento dos sistemas, a tecnologia empregada é 100% gratuita.

O trabalho começou a ser posto em prática em janeiro. Antes com quatro servidores efetivos, o Centro de Processamento de Dados contou com o reforço de dois administradores de rede, um analista de sistemas e dois programadores, convocados em dezembro, após a aprovação no concurso público 1/2019.

A missão de desentrelaçar e desvendar as informações e permitir que possam ser utilizadas pelos diferentes setores está aos cuidados do analista de sistemas Douglas Miranda da Silva e dos programadores Alexandre Henrique Landgraf e Marco Antônio Pereira Júnior (todos contratados em dezembro), além do analista de sistemas Adriano Albuquerque da Silva, que já fazia parte do quadro de servidores efetivos da Casa.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (CID), a demanda interna se tornou maior, assim que a Câmara implantou o programa Parlamento Aberto. "Um importante passo para ampliar a transparência foi diminuir a sobrecarga na área de tecnologia de informação. Os novos servidores foram essenciais nesse processo", contextualiza o presidente. "Em apenas seis meses de trabalho, mesmo em plena pandemia e em home office, temos resultados efetivos, de forma eficiente e que trouxeram economia", completa Gilmar Rotta.

Tão logo feito o diagnóstico das demandas, a equipe de tecnologia da informação apresentou à Mesa Diretora da Câmara um cronograma estruturado mês a mês, para a implantação de quatro sistemas informatizados, três dos quais concluídos no primeiro semestre (postagens, impressoras e telefonia). "A partir de agora, o trabalho é no Setor de Patrimônio, de maior complexidade, por possuir aproximadamente 6.000 registros", explica Alexandre.

O programador lembra que toda a tecnologia desenvolvida é totalmente gratuita, ou seja, não gerará custos à Câmara, por ser desenvolvida internamente pelos servidores. "Cumprimos todos os itens do cronograma, de janeiro a junho. De julho a dezembro estamos fazendo os planejamentos com os setores envolvidos. Entregamos o sistema modularmente, ou seja, se ele tem uma funcionalidade, a desenvolvemos e verificamos se está funcionando, para só depois ir para outra e, assim, sucessivamente, de forma que todas as fases estejam aprovadas", conta.

Segundo o agente administrativo Renato Alves Rafael, que atua no Setor de Patrimônio, um dos sistemas permitirá a inclusão de fotografias e a geração do QR-Code aos bens patrimoniais da Câmara. A tecnologia permitirá a qualquer pessoa ter acesso às informações, ao posicionar a câmera do celular em frente ao código de barras bidimensional. Ele acredita que o sistema colocará a Câmara como referência nacional na gestão patrimonial. "Não há nada parecido neste sentido nas demais Casas Legislativas. Na questão da transparência, estamos avançando além do que a lei exige", reforça.

Renato Rafael lembra que muitas das demandas enviadas às empresas contratadas na área consomem "chamados" e, estes, consequentemente, nem sempre são atendidos de acordo com a necessidade interna. Em situações específicas, a falta de um sistema próprio obrigava a geração de planilhas manuais, em processadores de texto ou editores de planilhas. "É um sistema padrão, utilizado para os órgãos públicos em geral, mas que não reflete as necessidades e particularidades do Legislativo em relação à gestão dos bens patrimoniais e à rotina administrativa", diz ele, sobre a tecnologia fornecida pelas empresas.

O analista de sistemas Douglas Miranda explica que todos os sistemas, sem exceção, refletem no Portal da Transparência. "Toda a base de dados, para que apareça no Portal da Transparência, foi desenvolvida por empresas contratadas pela Câmara no passado. Agora, estamos decifrando esses dados, que foram feitos de forma criptografada", diz. Os próximos módulos são dos sistemas de contratos, almoxarifado, controle de frotas, gastos de material de consumo e recursos humanos, além da gestão do sistema de proposituras do Departamento de Assuntos Legislativos.

Para Mauro Rontani, diretor do Departamento de Administração da Câmara, a adequação dos sistemas dá à Câmara a autonomia necessária para lidar com as próprias demandas. "Ao eliminarmos a dependência de terceiros, tornamos os processos mais ágeis. Consequentemente, melhoramos a produtividade dos servidores e o atendimento à população", destaca.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Câmara Gilmar Rotta

Notícias relacionadas