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20 DE MARÇO DE 2020

Piracicaba não ficará livre, diz Ary Pedroso sobre coronavírus


Estimativa é que 4.000 pessoas adquiram a doença na cidade, disse ele, que também é médico



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Indice de pacientes com necessidade de internação é de 20%






Piracicaba não ficará livre da epidemia do coronavírus (Covid-19), alertou o vereador Ary de Camargo Pedroso Jr. (SD), que também é cirurgião do aparelho digestivo e cirurgião geral. Seu posicionamento, durante a 13ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (19), foi em tom de alerta: a estimativa é que 4.000 pessoas adquiram a doença na cidade.

As considerações foram apresentadas enquanto o vereador discutia a moção de apelo 44/2020, do vereador (também médico) Paulo Serra (CID), que recomendou ao Executivo ações para reduzir a circulação de pessoas nas repartições públicas.

Segundo Ary Pedroso, o período de isolamento social é necessário para que a curva de contágio da doença não se acelere. Um dos problemas atrelados ao coronavírus é o índice de pacientes com necessidade de internação: 20% dos infectados, disse ele. "Se precisar, em uma semana, colocar 200 internados, será que temos condições? Acho que não", disse, sobre a quantidade de leitos hospitalares disponíveis no município.

Ele reforçou a necessidade de o Governo do Estado de São Paulo destinar recursos para aquisição de respiradores para Hospital Regional Dra. Zilda Arns. Além disso, informou que a Santa Casa de Misericórdia e o próprio Hospital Regional tem feito ações para que as UTIs estejam livres, cortem exames e cirurgias eletivas. Ary informou ainda que o Hospital Unimed reservou uma UTI inteira para receber os pacientes infectados no futuro, além de um tele-Coronavírus, serviço que traz esclarecimentos por telefone.

O vereador alertou que existem poucos kits na rede pública para a detecção da doença. "Para fazer um exame, hoje, precisa ser muito suspeito", mencionou, ao lembrar que a população de Piracicaba é superior a 400 mil habitantes e que infectologistas reconhecidos da cidade ––Hamilton Bonilha, Tufi Chalita, Mauricio Battistini e Carlos Gimael Junior–– enfatizaram a necessidade de evitar aglomerações. "Estamos tranquilo porque não tem casos. Daqui 40, 50, 60 dias eu posso estar aqui de novo falando para vocês: pessoal, a coisa é pesada, Certamente teremos muitos casos em Piracicaba", alertou, ao lembrar que a mortalidade na Itália é de 8%, pois o país não adotou políticas de isolamento social. "Se não fizermos isso, é bem provável que alguém que a gente conheça morra."



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Legislativo Ary Pedroso Jr

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