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30 DE MAIO DE 2011

Pira: Márcia, Marcos de Oliveira e Paulo Henrique falam da importância de Deus para superar perda


A vereadora Márcia Pacheco (PSDB) e os vereadores Marcos Antonio de Oliveira (PMDB) e Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (PRB) citaram a importância de Deus para que f (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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A vereadora Márcia Pacheco (PSDB) e os vereadores Marcos Antonio de Oliveira (PMDB) e Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (PRB) citaram a importância de Deus para que familiares e amigos possam superar a perda de Walter Ferreira da Silva, o Pira (PPS), que morreu em Piracicaba no último sábado (28), aos 60 anos. Márcia --que, na reunião ordinária da última quinta-feira (26), propôs que o plenário dedicasse a oração de um Pai-Nosso à saúde de Pira-- pediu a Deus força e luz para os vereadores darem continuidade ao trabalho do colega. Marcos de Oliveira comentou sobre o poder do Espírito Santo em prover consolo em momentos como este. "Posso dizer que o Espírito Santo é também consolador. Que ele possa consolar o coração de vocês da família e de todos os amigos de Pira", afirmou. Já Paulo Henrique contou sobre as visitas que fazia a Pira no hospital e reafirmou sua crença de que o colega está ao lado de Deus. Leia abaixo o que disseram Márcia, Marcos de Oliveira e Paulo Henrique durante reunião ordinária especial em memória a Pira, realizada na noite desta segunda-feira (30).

"Solidarizo-me com a família. Inicialmente, queria mais conversar com Jesus. É uma reflexão que eu estava fazendo, quando me ligaram, às 6h40 de sábado. Pensei: "Não é possível, ele não vai voltar". Lembro-me do meu sufoco por ter recordado que, na tribuna, na quinta-feira [dia 26], pedi para descermos e rezarmos um Pai-Nosso pelo Pira. Parecia que estava muito difícil. Conversei com [o médico e vereador] Ary. A Ivete [Cipulla de Souza Madeira, vereadora que morreu em julho de 2005] voltou tantas vezes, queríamos que Pira também tivesse voltado.
Isso não estava em nossas mãos, mas na tua, Senhor. Tenho certeza de que o Senhor vai estar olhando por nós, porque Pira foi um dos políticos de mais caráter que conheci na vida. É uma coisa que o homem nasce com ela; não é algo que se ensine. Pira foi uma das pessoas mais honestas e sérias com quem tive o prazer de conviver.
Quero dizer que fiquei chocada quando não vi o nome "Walter Ferreira" [no painel eletrônico de votação]. Faltava o nome do Pira. O José Pedro lembrou bem: faz falta olhar [o nome de Pira no painel]. É importante que o exemplo que ele nos deu fique entre nós, para seguirmos o caráter, a lealdade e a transparência dele. Ele defendia [Piracicaba] de peito aberto, com unhas e dentes.
Pira chorava muito quando Juliana sofreu o acidente. Chorava porque sentia, porque era gente da gente, gente como nós, que extravasava a emoção que sentia.
Padre Mario [Luiz Tognali, da Paróquia Imaculado Coração de Maria], lembre-se de pedir a Deus que nos ilumine como Pira era iluminado. Ele era muito lúcido nos debates, pois ele gostava da verdade. Esses são os exemplos que ele me deixou: o caráter, a verdade, a transparência e a honestidade. Que ele possa baixar a luz que o Senhor lhe deu a nós, que estamos no plenário. É uma coisa tão triste, porque a dor vai aumentando, a falta é tão grande, até que a coisa sedimenta e conseguimos viver. Sinto mesmo muita falta do Pira, da presença física dele aqui. Deus vai nos dar essa força. Pira nos deixou um exemplo de caráter e dignidade."

Márcia Pacheco
Vereadora do PSDB


"Conheci Pira pelo tempo em que estou na Casa. Não é preciso muito tempo para se conhecer uma pessoa, principalmente quando ela tem atos que falam mais que suas palavras. Tinha a percepção de estar diante de um homem íntegro. Como disse Longatto, amigos para um churrasco é fácil, quero ver ser amigo nas horas das dificuldades. Lembro-me de que, passados os momentos em que tivemos divergências políticas, descobri nele um homem em que se podia aprender muito. Fiz boa amizade com ele nesse tempo. Ary disse que, ao extremo de seus esforços como médico, fez com sua equipe o que era possível [pela saúde de Pira], mas se viram impotentes diante da morte.
Capitão Gomes encerrou sua homenagem dizendo: "Até breve". Gostaria de dizer que a morte é algo invencível no contexto humano, mas gostaria de lembrar as palavras da Bíblia quando São Paulo, na epístola a Tessalonicenses, diz que devemos nos consolar com uma certeza: a de que aqueles que morrerem em Cristo ressuscitarão primeiro e, então, estaremos todos juntos para sempre no Senhor.
Conheço a realidade da morte em minha família, mas posso dizer que o Espírito Santo é também consolador. Que ele possa consolar o coração de vocês da família e de todos os amigos de Pira. Como diz Milton Nascimento, "amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração". É importante que você tenha o Pira dentro de seu coração, guardado com o respeito que ele sempre mereceu."
Marcos Antonio de Oliveira
Vereador do PMDB


"Sou pastor há 18 anos. Quando chegamos aqui, não sabemos qual é o objetivo de Deus. Quando o Pira começou a manifestar uma enfermidade, em 2009, procurei-o e disse: "Pira, você aceita que eu ore por você?" Ele respondeu: "Aceito". Depois, em novembro, ele passou muito mal e eu fui à casa dele. Orei por ele e depois Pira voltou [à Câmara], agora em janeiro. Quando novamente ele se afastou das sessões da Câmara, logo de pronto falei: "Cadê o Pira?". Ele estava internado. Então, fui logo à Santa Casa, apresentei-me como pastor e fiz uma visita evangélica. Entrei, orei por ele e, passados alguns dias, ele foi para casa. Quando chegou segunda-feira [dia 23], o dr. Ary juntou todos os vereadores [para falar sobre a saúde de Pira]. No final, pedi para fazer uma oração pelo Pira.
Queria na terça-feira [dia 24] encontrá-lo para fazer uma só pergunta. Fiquei incomodado o dia todo: fui à casa dele e ele tinha acabado de sair. Quando chegou na quarta-feira [dia 25], de manhã, entrei na Santa Casa e fui direto ao quarto. Quando entrei, estava lá o Pira, fraquinho. Eu disse: "E aí, Pira, como está?" "Estou bem", ele respondeu. "Vim aqui fazer uma pergunta a você como pastor: Pira, você acredita em Jesus como Senhor e Salvador de sua alma?" "É lógico, Paulo", disse ele, bem baixinho. Então, pedi a Jesus que escrevesse o nome dele no livro de sua vida. Disse: "Pira, a gente vai se encontrar".
Na sexta-feira [dia 27], tivemos uma vigília na igreja. Cheguei em casa 1 hora da manhã. Ao orar, pedi ao Senhor que fizesse o milagre ou o levasse. A Bíblia diz: "Eu sou a ressurreição e a vida". Era 1 hora da manhã e eu fiz a oração. Quando deram 6 horas, meu rádio tocou: era do Cerimonial da Câmara. Falei para a minha esposa: "Jesus levou o Pira". Para nós, é uma tristeza tê-lo perdido, mas ele está vivo junto com Jesus. Nisso eu creio. Eu creio! O que nos consola neste momento é que Pira está nos braços de Jesus.
Vou quebrar o protocolo. Vou orar pela família. Quando acreditamos que ele está com Jesus, daqui um tempo isso vai ser superado e vai virar saudade. Unidos à nossa fé, nós pedimos o consolo aos corações de familiares, amigos, assessores e de todos os que admiravam e amavam o Pira. Quando o Senhor quer levar, ninguém vai impedir. Espírito Santo, venha consolar o coração de todos os que estão aqui. Console o coração de todos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém."

Paulo Henrique Paranhos Ribeiro
Vereador do PRB

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Gustavo Annunciato / MTB 58.557



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Walter Ferreira

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